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Guedes diz que vai prorrogar Auxílio “se a pandemia continuar”

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (25), que pode prorrogar o Auxílio Emergencial. Isso só vai acontecer, no entanto, se a pandemia do novo coronavírus não apresentar uma melhora nos próximos meses no país.

Para o Ministro, a conta é simples. Se a doença der sinais de que não vai melhorar, então ele vai precisar prorrogar o benefício para a população. Por outro lado, se a pandemia apresentar uma queda nos números de novos casos, então o Auxílio vai chegar ao fim.

“Se a pandemia continuar conosco, temos que ir renovando as camadas de proteção Se a pandemia recua, nós podemos já passar para o novo Bolsa Família”, disse o Ministro da Economia em um evento da BTG Pactual na cidade de São Paulo.

Essa segunda hipótese é tudo o que o Governo quer que aconteça. Ainda de acordo com Guedes, uma queda no número de novos casos vai fazer com que o Planalto coloque em prática o novo Bolsa Família. Assim, as pessoas poderiam receber o dinheiro do programa novo.

Também nesta terça (25), o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou sobre o assunto. De acordo com ele, o país pode prorrogar o benefício. No entanto, ele pediu para que o debate em torno deste tema aconteça no Congresso. Ele disse ainda que a ideia é prorrogar o programa por “um ou dois meses”.

Prorrogação

Essa questão do tempo da prorrogação é o grande motivo de debate dentro do Palácio do Planalto neste momento. De um lado, alguns agentes do Governo querem que o programa vá até o próximo mês de novembro. Isso daria portanto uma extensão de quatro meses.

Para o Ministério da Economia, no entanto, isso seria muito tempo. De acordo com membros da pasta, uma prorrogação deste tamanho acabaria fazendo com que o Governo tivesse que gastar praticamente o dobro do que eles previam inicialmente.

Vae lembrar que a PEC Emergencial, que passou por aprovação na Câmara e no Senado, estabeleceu que o Governo pode usar até R$ 44 bilhões para os pagamentos desse Auxílio Emergencial. Uma possível prorrogação por quatro meses significaria que o Planalto teria que gastar mais R$ 44 bilhões, ou pelo menos algo próximo disso.

Auxílio

Enquanto o Governo não decide o que vai acontecer no segundo semestre, os pagamentos do novo Auxílio Emergencial seguem normalmente. Nesta semana, aliás, o Palácio do Planalto está fazendo os repasses do dinheiro do segundo ciclo.

Os informais que se inscreveram pelo app do programa e os inscritos no Cadúnico estão recebendo o dinheiro primeiro em uma espécie de conta digital. Os beneficiários do Bolsa Família também estão pegando a segunda parcela, mas eles recebem o valor diretamente no caixa com a possibilidade de movimentar a quantia no Caixa Tem também.

De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de pessoas estão recebendo essas novas parcelas do Auxílio Emergencial. São quatro pagamentos de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. O Governo afirma que não pode aumentar esses valores por uma questão de respeito com as contas públicas.