Nesta segunda-feira (19), o ministro da Economia Paulo Guedes falou mais uma vez que é totalmente contrário à prorrogação do auxílio emergencial para 2021. De acordo com ele, o auxílio é transitório e sua prorrogação é “injustificável”. A declaração aconteceu durante conferência de negócios US-Brazil Connect Summit, em que o ministro concedeu entrevista a Ernesto Cantú, CEO do Citigroup Latin America.
Ainda nesta segunda-feira (19), Bolsonaro afirmou que também é contra a prorrogação do auxílio emergencial para 2021. De acordo com o presidente, não há possibilidade de manter o auxílio e ainda manter o orçamento dentro do teto de gastos, que limita as despesas do governo.
“Eu sei que R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil; são R$ 50 bilhões por mês. Tem de ter responsabilidade para usar a caneta BIC”, afirmou Bolsonaro.
Mesmo assim, há congressistas que são favoráveis ao governo e estão avaliando a possibilidade de prorrogar o estado de calamidade pública para 2021. O estado de calamidade chega ao fim no dia 31 de dezembro de 2020. Se for prorrogado, abrirá possibilidade para que outros programas também sejam estendidos.
A ideia é que o auxílio seja prorrogado até março de 2021, dando tempo ao governo formular e tirar do papel o Renda Cidadã, que substituirá e ampliará o Bolsa Família. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, já disse ser contra a prorrogação do estado de calamidade pública.