Durante a última semana, ocorreram os primeiros registros de aves infectadas com a doença conhecida como Influenza Aviária (H5N1) no território brasileiro. Atualmente, estamos enfrentando a maior crise pandêmica desse mal, a gripe aviária, conforme indicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
No Brasil, identificou-secinco casos de H5N1 em animais. Porém, vale ressaltar que essas aves infectadas são migratórias e não fazem parte do sistema industrial avícola nacional. Isso implica que frangos e ovos disponíveis nos supermercados não foram afetados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a probabilidade de transmissão entre humanos é baixa. Contudo, medidas preventivas são cruciais, pois a persistência da doença pode ocasionar mutações no vírus, aumentando seu poder de contágio. A contaminação pode ocorrer por meio do contato com aves vivas ou mortas. Portanto, é desaconselhável o manuseio ou recolhimento de aves doentes.
Até o presente domingo (21), não houve registros de indivíduos infectados. Entretanto, foram observados casos suspeitos, de acordo com o Ministério da Saúde. Recentemente, 33 trabalhadores de um parque público no estado do Espírito Santo estiveram expostos ao vírus.
Foi exatamente nesse local, chamado de “Refúgio da Vida Selvagem da Mata Paludosa”, em Jardim Camburi, que uma das aves contaminadas foi encontrada caída no chão. Entretanto, os 33 exames realizados para detecção da gripe aviária apresentaram resultados negativos.
No sábado passado, o Ministério da Saúde comunicou que outras três pessoas sintomáticas foram notificadas no estado, sendo que a suspeita já foi descartada para uma delas. As outras duas tiveram amostras colhidas e estão aguardando o resultado.
Até este domingo (21), ocorreu a contaminação de 5 aves. São elas:
Por enquanto, não houve nenhum impacto. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as aves infectadas com a gripe aviária não possuem vínculo com o setor industrial brasileiro.
Essa constatação implica que tais ocorrências não impactam as aves e ovos disponíveis nos estabelecimentos comerciais, nem a segurança alimentar da população. Consequentemente, os produtores ainda não sofreram consequências, e a produção segue seu curso normal. Ademais, é importante ressaltar que a influenza aviária não é transmitida por meio do consumo de aves ou ovos.
Sim, entretanto, é necessário um contato bastante próximo entre os animais para que isso ocorra. “As possibilidades dessa ave marinha adentrar uma granja são bastante reduzidas. É claro que os responsáveis pelo cuidado dessas aves devem adotar medidas sanitárias adequadas, mas não há motivo para pânico”, afirma Eduardo Lázaro, um médico veterinário especializado em animais selvagens.
“Não devemos associar essa situação às galinhas. A doença encontrou-se em uma ave marinha migratória. Estamos tratando de aves que não pertencem à mesma região, como as galinhas fazem”, ele comentou.
Até o sábado anterior, ocorreu o abate de 30 aves. Conforme divulgado pela Secretaria de Agricultura do Espírito Santo (Seag), 26 aves foram submetidas à eutanásia (abatidas). Segundo o órgão, entre as espécies sacrificadas encontravam-se atobás, trinta-réis, um biguá, uma coruja, um bem-te-vi, periquitos-rei e um papagaio-chauá.
Além disso, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) informou que outras 4 aves com suspeita da doença foram submetidas ao sacrifício, enquanto duas faleceram de forma natural.
Seguindo as orientações da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), é aconselhável assegurar uma boa ventilação nos espaços e reforçar a higienização das mãos.
Também recomendam-se as seguintes medidas:
A Aves, Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo, comunicou que está fortalecendo as medidas sanitárias. Assim, fornecerá orientações aos criadores de aves do estado com o intuito de prevenir qualquer possível contaminação.
Dentre as ações adotadas estão: