O Período Homérico foi um importante período da história da Grécia Antiga, berço da civilização mundial.
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O termo Período Homérico foi criado em homenagem ao poeta grego Homero, autor dos famosos poemas épicos “A Ilíada” e “Odisseia”. Essa fase da história grega se inicia no século XII a.C. e termina no século VIII a.C.
É válido relembrar que a história da Grécia Antiga foi dividida em alguns períodos. São eles: período Pré-Homérico (século XX a século XII a.C.), período Homérico (século XII a século VIII a.C.), período Arcaico (século VIII até século VI a.C.) e o período Clássico (século V até século IV a.C.).
Antes do Período Homérico, que corresponde ao segundo período de desenvolvimento da civilização grega, os gregos viviam o período pré-homérico. Nessa época, as regiões gregas haviam sido invadidas pelos povos dórios. Porém, esses povos invadiam as mais variadas cidades da Grécia de uma forma extremamente violenta, o que provou a diáspora (dispersão de diversos povos) grega. Esse evento colocou um fim no período pré-homérico e iniciou uma nova fase de reestruturação das sociedades gregas: o período homérico.
Durante o Período Homérico, diversas colônias gregas foram fundadas. Junto com elas, foram criados também os genos, organizações sociais de tipo familiar, em que predominavam as famílias mais ricas e poderosas. É justamente devido aos menos que, nessa fase, ocorre a substituição da cultura micênica (última fase da Idade do Bronze na Grécia Antiga) pela gentílica ou dos genos.
Os genos faziam parte de um sistema fechado, autônomo e autossuficiente financeiramente, uma vez que o trabalho era realizado pelos próprios membros de uma única família. O chefe máximo era o Pater, que possuía autoridade política, militar e religiosa. Assim, podemos afirmar que a sociedade do Período Homérico era patriarcal.
As comunidades gentílicas entraram em decadência no momento em que os alimentos produzidos pelas famílias passaram a não ser mais suficientes para todos. A situação precária despertou nos membros o desejo de encontrar melhores condições de vida fora dos genos. Assim, é nesse contexto que acontece a segunda diáspora grega e se inicia o Período Arcaico.
A dispersão que ocorre no fim do período homérico irá originar as grandes cidades-estado, como Bizâncio, Marselha, Nápoles e Siracusa. Assim, a sociedade grega se fragmenta e surge, com essa transformação, uma rígida hierarquia social composta pelos eupátridas (os “bem nascidos”), os georgóis (agricultores) e os thetas (realizavam trabalhos humildes). Na base da pirâmide social grega do período arcaico se encontravam os escravos.