Durante evento realizado na cidade de Santo Amaro, na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória (MP) que reestrutura o programa Minha Casa, Minha Vida.
O evento marcou a retomada de obras paralisadas, que vão assegurar mais de 186,7 mil moradias em todo o país.
Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, o governo pretende, através da medida, gerar um milhão de empregos diretos e indiretos. Lula afirmou que a meta é alcançar o número de dois milhões de imóveis contratados até o fim de 2026.
“A roda gigante desse país começa a girar a partir de hoje. Eu vim entregar a chave de uma casa de uma mulher que quase não consegue pegar a chave de tanta emoção porque a casa dela era mobiliada. Eu vim aqui começar a provar que é possível a gente reconstruir um outro país”, disse o presidente.
Criado em 2009 no segundo mandato de Lula, o programa de moradias populares foi substituído pelo Casa Verde e Amarela sob a gestão de Jair Bolsonaro. Apesar do objetivo de facilitar o acesso a moradias para famílias carentes, na gestão do último presidente, o programa habitacional teve grandes cortes na verba, além de deixar de fora as famílias de renda mais baixa.
Uma das mudanças mais importantes colocadas pela MP foi o aumento do limite da primeira faixa de renda familiar bruta, que passou de R$ 1.800 para R$ 2.640. O governo afirmou que pretende subsidiar até 95% dos preços dos imóveis destinados às famílias dentro dessa faixa.
O programa também inclui outras novidades, como a possibilidade de aquisição de imóvel usado para moradia urbana. Segundo o governo, com isso, os empreendimentos estarão mais próximos a comércio, serviços e equipamentos públicos, e com melhor infraestrutura no entorno.
O programa Minha Casa, Minha Vida é direcionado para famílias:
As famílias são divididas nas seguintes faixas de renda:
Já no caso das famílias residentes em áreas rurais, as faixas são as seguintes:
De acordo com a faixa determinada, cada família seguirá um procedimento e terá de comprovar diferentes exigências.
O valor dessas faixas de renda não leva em conta benefícios temporários, assistenciais ou previdenciários, como o auxílio-doença, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.
O governo também informou que 50% das unidades do programa serão reservadas para as famílias da Faixa 1.
Para famílias da Faixa 1, o passo a passo é o seguinte:
Quando a cidade não possui um número de unidades habitacionais suficiente para atender a todas as famílias cadastradas no plano de moradias, a escolha se dará por meio de sorteio.
Segundo a Caixa Econômica Federal, a validação dos dados das famílias inseridas na Faixa 1 passa por alguns critérios:
Para as famílias inseridas na Faixa 2 e na Faixa 3, para concorrer a um imóvel por meio do Minha Casa, Minha Vida, o responsável pela família deve:
A família deve verificar quais prazos e condições se encaixam no orçamento familiar. Antes de aprovar o resultado apresentado na simulação, o representante da família deve ir até uma agência Caixa ou no correspondente Caixa Aqui, para entregar ao banco a documentação necessária.
A Caixa analisará a documentação pessoal e do imóvel. Após a aprovação e validação, a família assina o contrato de financiamento.
Foi determinado na MP que os seguintes grupos terão prioridade no programa: