O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) registrou um lucro de R$ 15,4 bilhões no ano passado, um aumento de cerca de 16% em relação a 2021, de acordo com estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego. Com o intuito de assegurar uma rentabilidade acima da inflação para os cotistas do fundo, o governo pretende distribuir mais de 90% do lucro obtido em 2022. Para o próximo ano, a expectativa é manter o lucro na faixa de R$ 15 bilhões.
A proposta de distribuição de 90% do lucro tem como objetivo principal beneficiar os cotistas do FGTS, garantindo uma rentabilidade superior à inflação. Essa medida visa proporcionar um retorno mais atrativo aos trabalhadores que possuem recursos investidos no fundo, possibilitando o crescimento do valor do saldo disponível.
Atualmente, a correção monetária do FGTS é baseada na Taxa Referencial (TR), um índice que tem sido objeto de discussão. Vale informar que o STF vem analisando uma ação que busca esclarecer se a TR é o índice adequado para corrigir o saldo do FGTS. Caso o tribunal decida pela inadequação da TR, poderá haver mudanças significativas na forma como o fundo é corrigido, afetando diretamente os rendimentos dos cotistas.
O Fundo de Garantia é um importante recurso que os trabalhadores brasileiros têm para garantir a segurança financeira no futuro. Além dos depósitos mensais realizados pelos empregadores, o FGTS também pode gerar lucro, e essa rentabilidade extra é distribuída aos cotistas do fundo. Mas como funciona exatamente a distribuição de lucro do FGTS?
O lucro do FGTS é resultado dos investimentos realizados pelo fundo em diversas áreas, como habitação, infraestrutura e saneamento básico. Esses investimentos são feitos visando o crescimento do patrimônio do Fundo de Garantia, de forma a gerar uma rentabilidade que beneficie os trabalhadores.
Anualmente, o FGTS apura o seu lucro com base nos rendimentos obtidos pelos investimentos realizados. Esse valor é calculado levando em consideração diversos fatores, como o desempenho dos ativos financeiros, os resultados das operações realizadas e as despesas administrativas do fundo.
Após apurar o lucro, uma parte desse valor é reservada para a formação de reservas do próprio FGTS, garantindo a segurança e a sustentabilidade do fundo a longo prazo. A outra parte é destinada à distribuição aos cotistas do FGTS.
O Fundo de Garantia é um importante benefício trabalhista, criado em 1966 com o objetivo de proteger os trabalhadores em caso de demissão sem justa causa. Para ter acesso aos recursos do FGTS, o trabalhador precisa cumprir alguns requisitos específicos de cada situação, como o tempo mínimo de trabalho ou comprovação de necessidade para utilização do saldo.
É importante ressaltar que o direito ao FGTS é garantido desde o início do contrato de trabalho. O empregador é responsável por efetuar os depósitos mensais correspondentes a 8% do salário do trabalhador em uma conta vinculada ao fundo.
O FGTS é um direito assegurado a todos os trabalhadores brasileiros que possuem um contrato de trabalho formal, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Dessa forma, aqueles que têm vínculo empregatício com uma empresa, sejam eles empregados domésticos, rurais ou urbanos, têm direito ao FGTS.