O Ministério das Comunicações (MCom) instituiu hoje(11), terça-feira, um Grupo de Trabalho (GT) encarregado de propor a regulamentação aplicável à TV 3.0. O secretário de Comunicação Social Eletrônica, Wilson Wellisch, será o presidente do GT TV 3.0, que também contará com a participação de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Ministério da Fazenda; e de entidades representativas do setor de radiodifusão.
Este é um novo passo no preparo para a chegada da TV 3.0 ao Brasil, prevista para 2025. A proposta de regulamentação deve ser finalizada e entregue até o último dia do ano de 2024.
Wellisch sugere que a TV 3.0 pode transformar a maneira como os brasileiros acessam conteúdos. Segundo ele, a tecnologia e o sistema que embasam a TV 3.0 são totalmente progressivos, permitindo que o telespectador não só interaja com a programação, mas também desfrute da máxima qualidade possível de imagem e som. O secretário salienta ainda que a questão vai além de uma simples melhoria na qualidade do som e da imagem – que pode chegar a 8K –, mas trata-se de uma revolução no modelo de negócios do setor, facilitando o comércio online através do conteúdo transmitido.
Para os radiodifusores, a nova tecnologia significa oportunidades através da união do sinal de TV digital com a conectividade, fator este destacado pelo secretário.
Certamente, com as novas formas de acessar conteúdos culturais, educativos, artísticos e informativos, a evolução da TV Digital no Brasil, através da TV 3.0, promete revolucionar a maneira como a população consome mídia.
Após a transição realizada entre a TV analógica e a digital, que teve início oficialmente em 2007, muitos brasileiros precisaram adquirir novos aparelhos para continuar desfrutando de suas programações favoritas. Esta transição, apesar de desafia, foi concluída com êxito graças à eficiente campanha governamental. Agora, move-se para a próxima fase dessa transição: a TV 3.0.
Provavelmente, sim. No entanto, assim como a transição do analógico para o digital, a mudança para o TV 3.0 será gradual e a primeira transmissão está programada apenas para 2024. Portanto, não precisa entrar em pânico ainda. De acordo com a vida útil média de uma televisão LED (entre 40 e 90 mil horas de uso), se você adquiriu um novo aparelho em 2021, provavelmente só precisará substituí-lo em 2030 ou antes. Muitos televisores modernos lançados a partir de 2020 já possuem características compatíveis com a TV 3.0, como resolução 4K, HDR e áudio imersivo, o que significa que muitos usuários já estão preparados para receber as melhorias do novo padrão.
Essa mudança representa um importante avanço para o setor de telecomunicações no país, trazendo qualidade superior para os telespectadores. E tal transição, é importante destacar, não irá acontecer abruptamente. Mas como sempre, a evolução exige adaptação, então fique por dentro das novidades e se prepare para o futuro da televisão. E então, você está animado para a chegada da TV 3.0?
Também hoje(11), o governo informou que em 2023, a qualidade superior do som e imagem digital já alcançou cerca de 1,2 mil cidades brasileiras. A tecnologia avançou rapidamente, chegando a uma média de três municípios por dia que até então contavam apenas com a transmissão televisiva analógica.
Este avanço se deve ao programa Digitaliza Brasil, do Ministério das Comunicações (MCom), que possibilitou a implementação da implantação do sinal digital na TV dos moradores de 561 cidades apenas no primeiro semestre do ano.
O objetivo do programa Digitaliza Brasil é desligar o sinal analógico de TV em todo o país até dezembro de 2023, como afirma o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O programa visa garantir que todos os brasileiros possam aceder à tecnologia digital que, além de melhorar a qualidade do som e da imagem, possibilita a inserção de mais canais, diversificando a programação. Dalí se traça o estado mais privilegiado, sendo a Bahia o local de maior atuação do programa de janeiro a junho de 2023 com um total de 100 municípios beneficiados.
Tendo em conta os custos de implementação do sinal digital, o programa providencia gratuitamente kits de conversores digitais para a população de baixa renda cadastrada no Cadastro Único (CadÚnico). Esse sistema do Governo Federal contabilizou 1,2 milhão de famílias que receberam o kit desde que o Digitaliza Brasil foi implementado. Não só a instalação dos conversores é crucial para quem não quer perder a programação com a nova qualidade de som e imagem, como também é compulsória, visto que a previsão para desligamento completo do sinal analógico é dezembro de 2023.
Os recursos do programa Digitaliza Brasil provêm dos valores remanescentes do Leilão do 4G realizado em 2014. Da sobra de R$ 1 bilhão, R$ 835 milhões foram destinados ao programa. Parte deste investimento foi reservada para a distribuição de kits de conversores digitais à população cadastrada no CadÚnico.
Em 2023, portanto, houve um salto na qualidade da transmissão televisiva para muitos brasileiros com a chegada do sinal digital. Um progresso que sem dúvida trará maior acesso às informações e diversidade de entretenimento para milhares de famílias