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Governo estabelece comissão para deliberar sobre potencial isenção tributária para grupos religiosos

O anúncio da criação de um grupo de trabalho para discutir a isenção tributária sobre a remuneração de líderes religiosos foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Assim sendo, o grupo será composto por representantes da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia Geral da União (AGU).

A divulgação ocorreu após uma reunião realizada nesta sexta-feira (19 de janeiro de 2024), em que estiveram presentes o presidente da bancada evangélica na Câmara, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), e o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), na sede do ministério.

É importante pontuar que, este encontro foi convocado para discutir a suspensão da norma que concedia isenção tributária a líderes religiosos pela Receita Federal.

Assim, Fernando Haddad explicou que a suspensão foi decretada para proporcionar maior segurança quanto ao texto, afirmando que não há intenção de prejudicar qualquer parte.

Além disso, segundo o ministro, a permissão anterior gerava “margem para interpretação” e causava insegurança. Ele destacou a importância de um entendimento com os órgãos de controle, assegurando isso durante uma conversa com jornalistas.

Marcelo Crivella esclareceu que o propósito da reunião foi questionar o governo sobre a revogação da isenção tributária aos líderes religiosos.

Entretanto, o deputado negou que o governo esteja agindo contra as igrejas, ressaltando o interesse do governo em dialogar com a Frente Parlamentar Evangélica.

“Vamos aguardar esse grupo de trabalho em que vamos debater todas as outras frentes. Tenho certeza que com esse movimento de diálogo, vamos melhorar o relacionamento da secretaria de Receita Federal com o segmento religioso com o Brasil”, disse Crivella.

Enfim, para obter mais informações, consulte o texto completo preparado abaixo.

Aumento da isenção tributária para grupos religiosos

Governo determina o fim da isenção tributária antes concedida aos líderes religiosos. Imagem: CNN Brasil.

Como mencionamos anteriormente, o deputado federal Silas Câmara abordou a suspensão da norma relacionada à isenção tributária, atribuindo-a a uma série de desencontros e desinformações.

Expressando otimismo, ele espera que o grupo de trabalho encarregado da questão conduza a discussão a um desfecho positivo.

Câmara salientou que a suspensão da norma foi motivada por uma série de fatores, incluindo desentendimentos e falta de informação.

Sua expectativa é que o grupo de trabalho, atualmente envolvido na análise da situação, alcance uma resolução que atenda aos interesses coletivos.

Além disso, durante o encontro, o ex-prefeito Marcelo Crivella compartilhou informações sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/2023, de sua autoria.

A PEC aborda a imunidade tributária de bens e serviços concedida a organizações religiosas, uma pauta relevante para o desenvolvimento e atuação das igrejas.

Ao comentar sobre a postura do governo, Crivella destacou o interesse em promover o crescimento das igrejas, enfatizando a importância de seu papel no trabalho social e espiritual.

Ele mencionou que o ministro Fernando Haddad demonstra apoio à PEC, alinhando-se com a visão de fortalecimento das instituições religiosas.

Assim, a discussão durante o encontro esclareceu as razões por trás da suspensão da norma de isenção tributária. Mas, para além disso, também abriu espaço para um diálogo construtivo sobre a proposta de imunidade tributária para organizações religiosas.

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Informações adicionais

A Receita Federal anunciou, nesta quarta-feira (17 de janeiro de 2024), o encerramento da isenção tributária concedida aos líderes religiosos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A medida foi justificada com base em uma suposta “determinação” do Tribunal de Contas da União (TCU).

Contudo, o TCU negou ter emitido qualquer medida e esclareceu que o documento referente ao processo de avaliação de eficácia ainda estava em fase de análise.

O processo teve início a partir de uma representação do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU).

Este ministério solicitou a investigação de possíveis desvios de finalidade relacionados ao benefício fiscal. A relatoria do processo está sob responsabilidade do ministro Aroldo Cedraz.

Fernando Haddad afirmou que, de acordo com a interpretação do Ministério da Fazenda, o TCU recomendou a suspensão da isenção tributária para “obter uma compreensão mais aprofundada” sobre o benefício concedido aos líderes religiosos.

É importante ressaltar que, até o momento, o TCU nega ter emitido tal recomendação e destaca que o processo encontra-se em fase de avaliação da eficácia da isenção tributária em questão.

O desfecho dessa situação promete ser um tema de grande interesse e discussão nos próximos dias.