O Ministério da Fazenda revisou suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023. O governo acredita que a atividade do país deverá ser ainda mais forte que o esperado neste ano.
De acordo com a pasta, o Brasil deverá registrar um crescimento de 3,2% do PIB em 2023. A última estimativa apontava que o avanço seria de 2,5% neste ano. A propósito, a divulgação das novas projeções do governo foram divulgadas nesta segunda-feira (18).
Em resumo, o governo revelou que alguns fatores justificam o aumento do otimismo em relação à economia brasileira em 2023. Confira abaixo o que fortaleceu o PIB:
A saber, o PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços do país. Nesse caso, não é levado em consideração, por exemplo, a nacionalidade de quem fez tal bem ou serviço. O principal objetivo desse indicador é medir o comportamento da economia.
Nesta segunda-feira (18), o Banco Central (BC) divulgou as novas projeções de analistas do mercado financeiro em relação aos principais indicadores econômicos do Brasil. A publicação, chamada de relatório Focus, é divulgada semanalmente, trazendo atualizações das estimativas do mercado.
Nesta semana, os analistas elevaram suas projeções para o (Produto Interno Bruto) PIB brasileiro em 2023. Em suma, a economia brasileira deverá crescer 2,89% em 2023, taxa superior a da semana passada (2,64%). Esta foi a quarta semana de alta.
Embora venha crescendo nas últimas semanas, as estimativas para o desempenho do PIB ainda são mais modestas entre os analistas, em relação ao governo federal. Contudo, como as atualizações são semanais, os dados podem crescer nas próximas semanas.
No dia 1º de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023. O resultado foi menor que o registrado no trimestre anterior, quando a economia cresceu 1,8%.
No entanto, o que chamou a atenção não foi a desaceleração da atividade econômica, que já era esperada, mas o avanço ter vindo bem acima do esperado pelo mercado, já que os analistas estimavam um crescimento de 0,4% do PIB no período.
O resultado superou as expectativas e animou o mercado e o governo federal. Por isso que houve crescimento das estimativas para o desempenho do PIB em 2023. Aliás, o resultado deverá ser ainda melhor que o registrado no ano passado (2,9%).
Já para 2024, as projeções para o avanço do PIB ficaram mais modestas. Em relação ao governo federal, o Ministério da Fazenda manteve as estimativas de crescimento em 2,3%.
De acordo com a pasta, os programas de incentivo ao investimento, renegociação de dívidas e de transferência de renda deverão beneficiar a indústria e o setor de serviços, impulsionando a atividade do país em 2024.
As projeções do governo são bem mais otimistas que a dos analistas do mercado financeiro. Apesar de ter crescido pela segunda semana consecutiva, as estimativas do mercado indicam um avanço de 1,50% do PIB brasileiro no ano que vem.
Os dados mais fracos deverão acontecer pelos seguintes motivos: desafios provocados pela pandemia da covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que ainda não foram superados completamente no mundo, e forte base comparativa.
O governo também divulgou as estimativas para a inflação no Brasil em 2023. Em suma, a Fazenda acredita que o país deverá encerrar este ano com uma taxa inflacionária de 4,85%, acima da meta central definida para este ano.
Para quem não sabe, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define uma meta central para a inflação do país todos os anos. Assim, o Banco Central age para cumprir a meta definida, pois a inflação controlada traz diversos benefícios para o país, como:
Para 2023, o CMN definiu uma meta central de 3,25% para a inflação no país, podendo variar entre 1,75% e 4,75%. Isso acontece porque a entidade também define um intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.) para a taxa inflacionária, para cima e para baixo.
Neste sentido, caso a inflação deste ano tenha uma variação dentro desse intervalo, entre 1,75% e 4,75%, ela terá sido formalmente cumprida, mesmo que supere a meta central de 3,25%. Contudo, o governo acredita que a inflação ficará em 4,85%, ou seja, deverá estourar a meta pelo terceiro ano consecutivo.
Por fim, os analistas do mercado financeiro estimam que a inflação do Brasil ficará em 4,86% neste ano, taxa praticamente igual às projeções do governo federal.