O Presidente Jair Bolsonaro deverá fazer um anúncio em breve sobre a situação dos projetos sociais do Brasil em 2022. Ele deverá divulgar pontos como a prorrogação do Auxílio Emergencial e a criação do programa que deverá substituir o novo Bolsa Família.
Até aqui, membros do Ministério da Economia acreditam que o Governo vai conseguir pagar por tudo isso sem maiores problemas. Até porque boa parte dos usuários do Bolsa Família estão recebendo o dinheiro do Auxílio Emergencial. Então parte da quantia para esse programa está sendo economizada.
O problema mesmo é quando se olha para o próximo ano. O jornal O Estado de São Paulo teve acesso a uma série de documentos sobre os gastos do Governo. Em 2022, haverá um aumento das despesas extras que vai acabar deixando uma margem menor de espaço para o Palácio do Planalto.
De acordo com o jornal, esse limite em questão é de R$ 25 bilhões. Isso não é suficiente para pagar tudo aquilo que o Governo está prometendo. Por exemplo, o novo Bolsa Família deverá pegar R$ 18,5 bilhões deste montante. É portanto uma parte considerável.
O reajuste dos salários do servidores públicos deve ser de 5%. Isso acabaria provocando um novo gasto de R$ 15 bilhões, ou seja, aquele limite de R$ 25 bilhões ficou para trás apenas com essas duas despesas. É por isso que há uma preocupação dentro do Governo Federal neste momento.
Eleições
Há um tempero importante em toda essa história. É que para completar tudo isso, o ano de 2022 vai ter eleição presidencial. O Presidente Jair Bolsonaro está sinalizando que deve assumir uma postura de mais gastos para tentar aumentar a sua popularidade.
De acordo com pesquisas de opinião, o chefe do executivo está passando pelo seu pior momento desde que chegou ao poder quando o assunto é opinião popular. Então é natural que ele queira trabalhar na reconquista de boa parte dos votos que ele teve em 2018.
E de acordo com informações de membros do Governo, recuperar essa popularidade passaria justamente por investir pesado em programas sociais. Recentemente, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Planalto estaria trabalhando em pelo menos cinco deles.
Projetos
Os dois projetos pilares dessa tentativa seguem sendo o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família. O primeiro, aliás, deve passar por uma prorrogação de três meses. Inicialmente ele iria até julho, agora ele deve fazer repasses até o próximo mês de outubro, pelo menos.
Logo depois, entra em cena o novo Bolsa Família. O programa deverá fazer pagamentos médios maiores do que os atuais. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o projeto paga valores que variam em cerca de R$ 190. Esse montante deve portanto subir.
Ainda faltam saber alguns detalhes sobre todos esses benefícios. No entanto, dentro do Palácio do Planalto, se sabe que eles deverão sair do papel de qualquer jeito. Agora, só falta saber de onde o Governo vai tirar dinheiro para fazer esses pagamentos sem furar o teto de gastos.