Em uma recente entrevista, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, fez um pronunciamento ousado. Ele afirmou que o foco da administração atual não é apenas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas também enfrentar as grandes questões socioambientais enfrentadas no país. Para Haddad, a solução para esta dualidade está na sustentabilidade fiscal, social e ambiental.
“Estamos em uma fase de transformação no Brasil, onde a economia e a ecologia devem caminhar juntas.”
Afirmou o ministro Haddad. Ele reforçou que o governo está comprometido em superar os desafios, da mesma maneira como fez no governo do presidente Lula.
Fernando Haddad é otimista sobre as perspectivas econômicas do Brasil. Ele indica que este otimismo vem de algumas mudanças políticas recentes. Uma delas é o Regime Fiscal Sustentável, que segundo o ministro, trará ordem às contas públicas e metas factíveis para reduzir a dívida estatal.
Outro fator importante citado é a recente aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. A reforma, afirma Haddad, sinaliza para os investidores que o futuro do Brasil é promissor.
Para o ministro Fernando Haddad, a resposta a essa pergunta está no Plano de Transição Ecológica, que foi apresentado preliminarmente ao presidente Lula na última sexta-feira (7/7). Este plano, que mapeia todas as oportunidades e vantagens competitivas que o Brasil tem em relação ao mundo, poderá ser o maior legado do governo atual. Sua execução gerará empregos modernos enquanto promove uma transição ecológica.
Neste plano, as ações serão implementadas em um período de quatro anos. A primeira delas, sobre o mercado de créditos de carbono, deve ser enviada ao Congresso Nacional em agosto.
Haddad também falou empolgado sobre a recente aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. Segundo ele, essa reforma representa uma “revolução em si” no sistema brasileiro. Ao substituir cinco tributos disfuncionais existentes atualmente por dois impostos sobre o valor adicionado (IVA), o novo regime tributário poderia oferecer um ambiente de negócios mais favorável no Brasil. Esta reforma tem o potencial de atrair mais investimentos para o país.
Em sua visão, a recente reforma não só melhora a atratividade para investidores, mas abre uma nova era de crescimento econômico para o Brasil. “Muita gente vai olhar para o Brasil e dizer ‘agora dá para confiar nesse país'”, disse Haddad entusiasmado.
Ainda segundo o Ministro, o presidente Lula afirmou:
“vocês não tão me apresentando um novo plano, vocês estão me apresentando um novo Brasil“
Brasileiros acordaram com uma boa notícia na manhã de terça-feira (11/7). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a primeira deflação de 2023. No mês de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve uma redução de 0,08% em relação a maio. Essa variação aponta a menor para o mês de junho desde 2017, quando a deflação foi de 0,23%.
O resultado está alinhado com a expectativa dos economistas, que previam uma queda de 0,09% para o IPCA em junho. Dessa forma, houve uma queda de 3,94% para 3,16% na inflação acumulada em 12 meses de maio para junho, sendo esse o menor patamar desde setembro de 2020.
Os fatores que mais colaboraram para essa queda foram a redução de 1,85% nos preços dos combustíveis, aliado ao barateamento dos carros novos e alimentos como carne e leite. Em especial, a Petrobras anunciou em junho um corte nos preços dos combustíveis por duas vezes, aspecto que teve reflexo direto na variação do IPCA. Também o programa do governo federal de descontos para carros populares e a queda nos preços de alimentos como óleo de soja, frutas, leite longa vida e carnes contribuíram para a queda da inflação.
Por outro lado, somente algumas áreas apresentaram aumento. É o caso da habitação (0,69%), por conta de reajustes de energia elétrica e água e esgoto em algumas cidades. Também o setor de saúde e cuidados pessoais (0,11%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,38%), devido ao reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho. Por fim, o setor de transporte destacou-se pela alta de 10,96% das passagens aéreas em junho, após queda de 17,73% em maio.
Apesar do cenário favorável em junho, os especialistas alertam para a necessidade de manter a cautela. A deflação pode ter vida curta, uma vez que a previsão é de que a inflação volte a crescer a partir de agosto, com a taxa em 12 meses encerrando o ano pouco abaixo dos 5%. Portanto, a atenção deve estar voltada para a inflação nos próximos meses.
Baixas taxas de inflação costumam fomentar a expectativa de corte na taxa básica de juros por parte do Banco Central. Juros mais baixos estimulam o consumo e o investimento, impulsionando a atividade econômica. Sendo assim, a deflação em junho sinaliza um cenário favorável para o avanço da economia.