O Ministério do Trabalho e Emprego informou na última quinta-feira (27/04), que foram criados no Brasil, no mês de março, cerca de 195.171 empregos com carteira assinada. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) estipula que houve 2.168.418 contratações e 1.937.247 demissões no período.
Todavia, no mês de fevereiro, foram criados 241.785 postos de trabalho formais. Em relação ao mercado de trabalho, podemos destacar o setor de serviço. A Administração Pública, por exemplo, foi responsável pela criação de 44.913 novas vagas. A média salarial relacionada às novas admissões ficou em R$1.960,72.
Dessa maneira, esta estimativa aponta que houve no período, uma redução de R$30,06, em relação ao mês anterior. O número de empregos formais criados no país caiu cerca de 20,6% em relação a fevereiro, quando o saldo de postos de trabalho ficou em 245.813. Na comparação com 2022 houve uma alta de 97,6%.
Analogamente, no mês de março do ano passado, houve a criação de cerca de 98.786 novos empregos. No acumulado de 2023, o país criou até o momento, 526 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. Investidores afirmam que o resultado foi bastante positivo, acima do esperado para o início do ano.
Em 2023, o número de trabalhadores exercendo a suas atividades com carteira assinada, isto é, formalizados, chegou a 42,87 milhões. Desse modo, houve um aumento de 0,46% em relação ao mês de fevereiro deste ano. Deve-se observar que houve uma alta dos postos de trabalho em todas as regiões do país.
A região sudeste do Brasil se destacou, com a criação de mais de 113.374 novos empregos. Já o norte apresentou um crescimento menor, com a abertura de 10.077 novas vagas. Na comparação com fevereiro, a região centro-oeste apresentou a maior variação, de 0,6%. A menor foi no nordeste, de 0,2%.
Dessa forma, o setor de serviços obteve um saldo positivo de 122.323 novos postos de trabalho no mês passado. A construção também apresentou um crescimento de 33.641 novos empregos. Em seguida vem a indústria, com 20.984, e o comércio, com 18.555. Em relação ao setor agropecuário, houve a perda de 332 empregos.
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tem ligação apenas com as vagas com carteira assinada. Os dados apresentados podem variar de mês a mês, visto que as empresas podem atualizá-los de maneira retroativa. Não se considera o trabalho informal da população brasileira.
A princípio, o eSocial substituiu o sistema do Caged em janeiro de 2020. Sendo assim, há uam obrigação das as empresas atualmente, a declarar a movimentação de seus funcionários, sua contratação e demissão, pelo eSocial. Em síntese, a nova metodologia integra três sistemas, o Caged, o eSocial e o empregador Web.
Como os dados do Caged só levam em consideração os trabalhadores formais atuando no país, os profissionais que atuam na informalidade não entram nas estatísticas. Por essa razão, o levantamento relacionado ao saldo de admissões e demissões, não apresenta informações reais do desemprego no país.
De fato, os números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), podem ser utilizados para a obtenção de estatísticas mais realistas do cenário do mercado de trabalho atual. Aliás, essa é uma pesquisa domiciliar feita em todo o Brasil.
Em relação aos números apresentados pelo Caged, as empresas atuantes no país coletam as informações, e se considera o setor privado, com carteira assinada. A Pnad além de considerar este setor da economia, também inclui em suas estatísticas, o setor informal, ou seja, o número de profissionais sem carteira assinada.
As informações dispostas pelo Caged apontam que do início do ano até o mês de março, o país possuía um saldo de 42,97 milhões de trabalhadores exercendo suas atividades na formalidade. Este é o “estoque de empregos formais”. Em conclusão, houve de fato, um crescimento expressivo no mercado de trabalho.
Os dados do Caged relativos ao mês de março de 2023 foram divulgados na última quinta-feira (27/04), em uma entrevista coletiva pela equipe técnica do Ministério do Trabalho e Emprego, na Esplanada dos Ministérios. O saldo entre as contratações e demissões das empresas é o maior desde setembro do ano passado.