A internet tornou-se um campo fértil para diversos tipos de fraudes, entre elas o chamado golpe da herança estrangeira. Este golpe tem enganado muitas pessoas, que acreditam estar prestes a receber uma grande fortuna de um parente distante. O objetivo deste artigo é explicar como o golpe funciona e como se proteger dele.
O golpe da herança estrangeira é uma prática criminosa onde um estelionatário se passa por um advogado e entra em contato com a vítima alegando que ela é herdeira de uma grande fortuna deixada por um parente distante que morreu em outro país.
O golpe pode ser aplicado através de redes sociais ou e-mail. O golpista escolhe uma vítima e começa a investir na tentativa de conseguir dinheiro. Ele se passa por um advogado, entra em contato com a vítima e diz que há uma herança de um parente distante que morreu recentemente.
Os golpistas são muito convincentes. Eles podem ter informações sobre a descendência da vítima, o que torna a história ainda mais crível. Mesmo pessoas sem descendência estrangeira são alvos deste golpe.
“Os criminosos sabem o que dizer e como dizer.” – João Silva, especialista em segurança digital
O golpista informa que a herança está na casa dos milhões, mas para liberar os valores, a vítima precisa depositar uma certa quantia para a documentação. Após o primeiro pagamento, o golpista inventa mais problemas e solicita mais dinheiro. A herança, claro, nunca é liberada.
Para se proteger, é importante não informar dados pessoais nem transferir dinheiro para desconhecidos. Desconfie se alguém pedir dinheiro para liberar uma herança.
Fale sobre este golpe com seus amigos e familiares. Quanto mais pessoas souberem como este golpe funciona, menos pessoas serão vítimas.
Um exemplo recente foi o de um morador de Messias, que por pouco não perdeu aproximadamente R$ 1.000,00 em um desses golpes. Segundo ele, foi contactado sobre a herança de uma idosa francesa no valor de € 450 mil (mais de R$ 2,5 milhões), mas teria que desembolsar cerca de R$ 900.
O Papel do “Advogado”
Em muitos casos, um suposto advogado entra em cena para dar mais credibilidade ao golpe. Este “advogado” geralmente alega ser o responsável por finalizar o processo de herança e requer o pagamento de taxas ou custos antecipados.
“Os golpistas afirmaram que a idosa estava em fase terminal e não tinha filhos, mas não quis fazer uma videochamada devido ao estado de saúde.” – Vítima
Outro elemento comum nesses golpes é o uso de documentos falsos. No caso do morador de Messias, foi apresentado um documento francês (supostamente oficial), mas todas as informações estavam em português – um sinal claro de fraude.