Economia

GASOLINA: veja os preços mais ALTOS praticados no Brasil

Abastecer o tanque de combustível dos veículos no Brasil não foi uma tarefa fácil nos últimos meses. Os motoristas do país sofreram com o aumento no preço da gasolina, que subiu fortemente nas bombas em março, pressionando a renda dos consumidores.

Na semana passada, o valor do combustível caiu pela segunda semana nos postos de distribuição do país. Embora a notícia seja positiva, o resultado não animou os motoristas, que torciam por uma queda mais expressiva nos preços da gasolina.

De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro do combustível fóssil caiu 0,55%, passando de R$ 5,49 para R$ 5,46.

Em resumo, o recuo de apenas três centavos não era exatamente o que os motoristas estavam esperando. No entanto, vale destacar que a próxima atualização do levantamento da ANP deverá trazer uma queda bem mais expressiva nos valores da gasolina.

Petrobras reduz preço dos combustíveis

Na semana passada, a Petrobras surpreendeu o país ao anunciar o fim da política de preços de paridade de importação (PPI), que surgiu no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016.

A antiga política da Petrobras se baseava no mercado externo para definir os reajustes nos preços dos combustíveis. Em suma, a petrolífera focava em dois fatores, o dólar e o petróleo, considerando as variações nos preços do barril de petróleo e as oscilações do dólar para reajustar os preços dos combustíveis.

O problema é que a volatilidade nos valores do barril de petróleo deixava os consumidores expostos a mudanças mais significativas e recorrentes. Aliás, as oscilações na cotação do dólar também resultavam nisso, e o Governo Federal queria proteger o consumidor dessa volatilidade.

Assim, a Petrobras passará a considerar fatores internos para promover reajustes nos preços dos combustíveis, não apenas os fatores externos. Inclusive, o fim da política de PPI não foi a única novidade anunciada pela companhia na semana passada.

Além disso, a Petrobras também reduziu em 12,6% o valor da gasolina. Com isso, o preço do litro caiu de R$ 3,18 para R$ 2,78 para as distribuidoras do país, que estão pagando 40 centavos a menos por litro.

Essa redução não se refere aos consumidores, mas deverá chegar a eles. Isso porque o governo está atento para ver se os postos de combustíveis estão repassando a redução para o consumidor final.

Preço da gasolina em 2023

Muitos motoristas estavam reclamando do preço salgado da gasolina em 2023 no Brasil. O valor médio registrado na semana passada, de R$ 5,46, mostra o quão elevado estavam os valores do combustível no país.

A título de comparação, a gasolina custou R$ 4,96 na última semana de 2022, ou seja, o valor cresceu 10,1% no país de lá para cá, pesando mais intensamente no bolso dos motoristas.

Em síntese, a forte elevação aconteceu devido à retomada da cobrança do PIS/Cofins (impostos) sobre a gasolina e o etanol hidratado no início de março.

Para quem não sabe, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis na metade do ano passado, com validade até 31 de dezembro. Assim, reduziu os valores dos combustíveis, que haviam batido recorde no país, superando os R$ 7,00.

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou essa desoneração, para alegria dos motoristas. Contudo, isso aconteceu apenas em janeiro e fevereiro para a gasolina e o etanol.

De modo diferente, as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins continuarão zeradas até 31 de dezembro de 2023 para diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha.

Em outras palavras, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando mais caros no país. Por isso, os motoristas pagaram bem mais para abastecer o tanque dos seus veículos até a semana passada.

Gasolina mais cara do país

O levantamento da ANP deve refletir a queda nos preços da gasolina, que já vem sendo comemorada por milhares de motoristas de todo o país. Todavia, na semana passada, alguns estados comercializaram o combustível a mais de R$ 6,00, dificultando a vida dos consumidores.

De acordo com os dados a ANP, o preço médio da gasolina caiu em 22 unidades federativas (UFs) na semana passada. Os recuos mais intensos foram registrados na Bahia (16 centavos), no Paraná (dez centavos), em Roraima (nove centavos), Sergipe (oito centavos) e Distrito Federal (sete centavos).

Em contrapartida, o valor do combustível subiu apenas em cinco UFs: Acre (14 centavos), Ceará (cinco centavos), Amapá (três centavos) Alagoas (dois centavos) e Pará (um centavo). Isso mostra que as altas não foram expressivas, para alívio dos motoristas.

Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:

  • Amazonas: R$ 6,56;
  • Acre: R$ 6,39;
  • Rondônia: R$ 5,98;
  • Roraima: R$ 5,95;
  • Ceará: R$ 5,87;
  • Tocantins: R$ 5,77;
  • Piauí: R$ 5,73.

Por fim, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Em resumo, isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.