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Fraudes de identidade dobraram em 2022, diz estudo

A Sumsub, plataforma de verificação de fraudes, divulgou seu estudo anual Identity Fraud Report. Com base na verificação de milhões de identidades durante o período 2021-2022, a empresa aponta que as fraudes de identidade dobraram em 2022. O estudo ainda traz as principais tendências de fraude e estatísticas de 21 setores e mais de 500 mil casos ao longo do ano – sendo útil, também, para orientar ações preventivas em 2023.

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A seguir, algumas das principais informações do Estudo de Fraude de Identidade 2022: 

  • 55,8% das fraudes de identidade estão concentradas em apenas cinco países. Os Estados Unidos respondem por 5,1% delas.
  • e-Sports registram 2,9% de todas as fraudes.
  • Tanto os bancos quanto a indústria de criptomoedas registraram o dobro de casos de fraude de identidade em 2022.
  • Fraudes durante operação de pagamento aumentaram 40% este ano.
  • Documento de identidade foi o mais violado no período estudado.
  • 79% de todos os documentos falsos usavam nomes de homem.
  • Deepfake, que usa inteligência artificial (IA) para trocar o rosto de pessoas em vídeos, sincronizar movimentos labiais, expressões e demais detalhes, está se tornando mais sofisticado e ainda mais comum.

Neste ano, mais da metade de todos os casos se concentraram em cinco países: Bangladesh (22%), Paquistão (15,2%), Vietnã (8,1%), Nigéria (5,4%) e Estados Unidos (5,1%). Em 2021, as carteiras de motorista nigerianas foram as mais vulneráveis à falsificação (7,6% delas foram falsificadas), seguidas pelas carteiras de identidade de Bangladesh e do Paquistão. Este ano, os documentos de identidade estão liderando os rankings de fraude – de cada dez documentos fraudados, oito são documentos de identidade. 

Tendências de fraude nas mais variadas indústrias

O panorama de fraudes mudou consideravelmente de um ano para outro. Enquanto em 2021 sistemas de pagamento e consultas lideravam os casos de fraude, em 2022 os fraudadores começaram a visar os e-Sports com mais frequência (2,9% de todos os casos de fraude). Isto se deve ao crescimento explosivo desse segmento nos últimos dois anos e às barreiras de integração relativamente baixas. 

A Sumsub destaca, ainda, que o volume de fraudes no setor de criptomoedas mais que dobrou no período, passando de 0,7% de todos os casos para 1,5%. O setor bancário também registrou um crescimento de quase 100% nos casos, enquanto o comércio eletrônico aumentou treze vezes a ocorrência, saltando de 0,1% de todos os casos em 2021 para 1,3% em 2022. 

No comércio eletrônico, 3,6% de toda a receita foi roubada por fraudadores este ano. A fraude de pagamento cresceu 40% entre 2021 e 2022, aumentando significativamente a participação desse tipo de fraude em todo o mundo. Isto explica por que 46% dos comerciantes agora priorizam a prevenção de estornos ilegais. 

Em 2022, os principais vetores de fraude foram aquisições de contas (obtenção de acesso ilegítimo à conta de outra pessoa), multicontas (registrar mais contas do que o permitido), fraude de chargeback (aumentar disputas falsas com o banco) e falsificação biométrica (usar máscaras realistas, deepfake e outros métodos avançados). 

Sites e deepfake

De acordo com o estudo da Sumsub, sites estão sendo atacados com muito mais frequência do que os aplicativos móveis. Ainda assim, o número de casos continua crescendo tanto para aplicativos móveis quanto para a web. Quanto ao alvo dos fraudadores de sistemas operacionais, este ano o Android ampliou sua liderança, registrando 0,4% a mais de fraudes em comparação ao sistema iOS. No ano anterior, essa diferença era de 0,1%. 

O estudo de 2022 identificou que os fraudadores desenvolveram uma tecnologia deepfake mais avançada, que é excepcionalmente difícil de distinguir da realidade. Os fraudadores não dependem mais de ataques descarados, como imagens impressas, telas de telefone etc. Agora, quase todas as tentativas de burlar a verificação são feitas com a ajuda de deepfake cuidadosamente elaborado e documentos de identidade fabricados que exigem uma tecnologia antifraude robusta para serem detectados. 

Especialistas em inteligência artificial (IA) e lavagem de dinheiro (ML) da Sumsub veem o deepfake como uma ameaça crescente que tende a preocupar em 2023. Na medida em que a geração de imagens e as tecnologias de IA vão se tornando mais disponíveis, também os fraudadores vão ganhando experiência. Por outro lado, as empresas terão mais ferramentas à sua disposição para prevenir fraudes.