Na última quarta-feira (02), o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório analisando a economia do Brasil. De acordo com o órgão, o país deve manter “o teto de gastos constitucional como uma âncora fiscal para apoiar a confiança do mercado”.
Mesmo assim, o órgão alerta que essa manutenção não deve ser feita às custas do fim abrupto de medidas fiscais criadas durante a pandemia do novo coronavírus, como é o caso do auxílio emergencial. O FMI afirma que o Brasil deve estar preparado para prorrogar as medidas durante mais tempo, no ano que vem. A prorrogação deve acontecer “no caso de as condições econômicas se mostrarem significativamente piores do que o esperado”.
O relatório mostra que o Brasil passou por dificuldade para retomar o seu ritmo de crescimento depois da crise entre 2015 e 2016, mas aparentava possuir uma boa base para crescer mais significativamente em 2020. O cenário não se concretizou com a pandemia, que, até agora, tem mais de 170 mil brasileiros mortos e mais de 5 milhões de brasileiros já infectados.Órgão
“A resposta do governo à crise foi rápida e considerável. As autoridades implementaram programas emergenciais de transferência de renda e retenção de empregos, aumento dos gastos com saúde, apoio financeiro aos governos locais e linhas de crédito para pequenas empresas”, diz o documento do FMI.