Um boletim divulgado pela Infogripe nesta quarta-feira (23) fez um alerta para pais e mães de todas as regiões do país: o rinovírus continua em um processo de alta da contaminação, sobretudo nas faixas etárias infantis, de 2 a 4 anos de idade, e também na faixa de 5 a 14 anos de idade.
Este movimento de alta ocorre mesmo em um cenário de queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo vírus no Brasil. O alerta que está sendo veiculado nesta semana tem também o aval da Fiocruz.
De acordo com o estudo divulgado, entre os dias 13 e 19 de agosto, foi registrada uma tendência de alta de contaminações do rinovírus, sobretudo nos seguintes estados:
De acordo com os principais especialistas, a melhor forma de se prevenir do rinovírus é mesmo se vacinar e convencer pessoas próximas a se vacinarem também. Embora o imunizante não proteja 100% o indivíduo, ele diminui consideravelmente as chances de contrair uma versão mais grave da doença.
“A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, disse coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
O boletim também mostrou que existe uma avaliação de que há uma tendência de queda ou ao menos de estabilidade em patamares baixos das infecções causadas pela Covid-19.
Paraná
De todo modo, o coronavírus ainda inspira cuidados. Nesta semana, por exemplo, a Secretaria de Saúde do estado do Paraná lançou uma nota voltando a recomendar uma série de medidas protetivas contra a disseminação da doença no estado.
“A principal medida de prevenção contra a Covid-19 é a vacina. As doses contra a doença estão disponíveis para toda a população acima de 6 meses de idade. Recomenda-se que a população mantenha o calendário vacinal atualizado, preferencialmente com a vacina bivalente quando recomendado”, diz a secretaria.
“Algumas medidas não farmacológicas de prevenção e controle também são importantes, como a higienização adequada das mãos com álcool 70% ou água e sabão, ventilação de locais fechados, isolamento dos casos confirmados de Covid-19 e uso de máscaras (se necessário)”, completa a nota da Secretaria.
Acre
No Acre, as recomendações também foram destacadas, sobretudo depois que o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da variante EG.5, que vem se tornando popularmente conhecida como Éris.
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) emitiu uma recomendação na segunda-feira (21) para que a população volte a usar máscara para evitar uma explosão de contaminação pela nova variante da Covid-19.
“O que sabemos hoje dessa variante é que ela tem alta transmissibilidade, ou seja, ela passa de uma pessoa para outra com maior facilidade. Porém, essa nova variante tem uma baixa patogenicidade, ou seja, tem um menor potencial de fazer com que os casos positivos evoluam para a gravidade, que chamamos de SRAG”, disse o chefe da Vigilância em Saúde da secretaria, Edvan Meneses.
“Isso nos alerta para as etiquetas sanitárias. Já que esse vírus transita de uma pessoa para outra com maior facilidade, nós precisamos quebrar essa cadeia de transmissão, e nós só vamos fazer isso com o uso de máscara e das etiquetas sanitárias que já estamos falando disso há muito tempo”, completou ele.
O Ministério da Saúde informa que já distribuiu mais de 487 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. Para quem não está com as doses atualizadas, a dica é procurar um posto mais próximo.