Por que finanças para crianças é tão importante? Considerando o ensino nas escolas brasileiras, que não chegam nem perto do que se tem nos países estrangeiros, vemos a ausência dessas disciplinas. Assim, nem mesmo os pais têm o costume de ensinar os pequenos a administrar e aproveitar seu dinheiro. Portanto, aqui vão algumas dicas para que os mais novos aprendam a administrar as receitas desde já na matéria desta quinta-feira (01) do Notícias Concursos.
Finanças para crianças não é um assunto difícil de abordar, basta aplicar os conceitos ao cotidiano para entenderem enquanto crescem. Assim, se você tem filhos, sobrinhos, primos, essas dicas o ajudarão a ensiná-los gradualmente como tomar as melhores decisões em relação às finanças pessoais.
Você não compra com dinheiro, pois você compra com o tempo da vida que gasta para conseguir. Quando uma criança, ou um adulto, entende esse conceito, atribuindo esse valor ao dinheiro, é muito mais fácil para eles tomarem decisões positivas.
Quando falamos em educação financeira para crianças, é comum começar explicando que o dinheiro é fruto do esforço. “Ninguém me dá nada” é a frase mais usada pelos pais.
No entanto, as crianças podem ter dificuldade em entender porque não são elas que trabalham para isso. Por este motivo, recomendamos atribuir um pagamento a qualquer uma de suas funções, pois com isso você poderá realizar o seguinte exercício:
Suponha que seu filho tenha uma renda semanal de R$ 10,00. Isso pode ser visto como pagamento por várias tarefas que ele executa durante a semana, talvez no valor de 10 horas.
Quando a criança quer gastar impulsivamente, é uma ótima oportunidade para usar esta equivalência. “Filho, você tem certeza de que esta compra vale 5 horas da sua semana?” Ouça sua resposta e converse.
Para explicar o que é um orçamento, devemos começar com os princípios básicos de receita e despesa. A partir disso, podemos registrar tudo em um caderno e depois comparar os itens. Isso ajuda a acompanhar e conversar sobre o que acontece quando não se pode comprar algo com o dinheiro que tem.
Outro bom exercício é envolvê-lo nas compras para a casa, como a despensa. Mostre às crianças os benefícios de fazer uma lista das coisas de que precisam, ao invés de apenas comprar o que vem à mente.
Assim, mostre também a diferença de comprar um produto sem comparar preços entre várias marcas. A temporada de volta às aulas é ideal porque eles podem se envolver na aquisição de comprar seus materiais escolares.
Depois de saber como administrar o dinheiro, o próximo passo nas finanças para crianças é economizar. Aprender a decidir como dividir e economizar uma parte de sua renda para comprar algo a longo prazo.
Nesta parte, você pode continuar a reforçar o valor do dinheiro. Ao manter um registro de despesas, pode-se detectar quais foram impulsivas ou que se enquadram na categoria de dispensáveis.
As despesas dispensáveis também são chamadas de despesas formigas, pois são aquelas pequenas e imperceptíveis. Elas são mínimas a ponto de não percebermos o quanto prejudicam nossas finanças. Quando ficarmos sabendo deles, você terá uma ideia de quanto pode aproveitar para economizar.
Outro ponto importante é ensinar que economizar não é só dinheiro, também se reflete em recursos. De coisas domésticas como água, gás e eletricidade, mas também a coisas que você usa diretamente, por exemplo, seu material escolar.
Quando a criança recebe uma educação financeira, seu desenvolvimento e possibilidades futuras são favorecidos. Isso porque esse tipo de decisões sobre dinheiro condicionará sua vida. Por isso, é importante que a questão financeira da família seja sempre tratada com franqueza e confiança.
Embora as crianças sejam muito pequenas para obter seu primeiro cartão de crédito, elas podem sofrer as consequências de pedir dinheiro emprestado. Que tal ensinar sobre o que os pequenos desejam, mas não têm condições de ter? Por exemplo, um brinquedo?
A partir daí, tente mostrar como avaliar o que é mais conveniente: aguardar um tempo para conseguir ou pedir dinheiro emprestado. Dessa forma, ofereça a opção de dar o dinheiro de que precisa, mas coloque condições para isso.
Combine um pagamento mensal a ser reposto e as consequências de não pagar em dia. Assim, você pode acrescentar juros em caso de atraso. Mas, é preciso deixar os pequenos cientes claramente do que acontece quando se pede dinheiro emprestado e como isso reflete nas econômicas.
Em geral, a principal razão para a inadimplência é o uso indevido de cartões de crédito. Pelo comportamento dos brasileiros, nota-se que muitos deles carecem de uma formação financeira oportuna. Isso porque, se tivessem conhecimento, talvez não teriam tomado decisões erradas, acabando nessa situação.
Portanto, investir em finanças para crianças é um passo na direção certa. Se pudermos dar a nossos filhos melhores ferramentas para administrar o dinheiro, eles poderão aumentar sua economia e, assim, evitar ter adultos endividados amanhã.