O final de semana chegou com uma grande notícia para os motoristas do país. O preço da gasolina caiu pela quarta semana consecutiva nos postos do país, aliviando ainda mais o bolso dos consumidores.
Os combustíveis comprometem uma renda considerável dos brasileiros. Quem possui veículo e o utiliza com frequência precisa abastecer regularmente o tanque de combustível. Por isso, quanto mais o preço da gasolina cair no país, mais alegres ficam os motoristas.
De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 0,54% mais barata nas bombas nesta semana. Com isso, o preço médio nacional caiu de R$ 5,55 para R$ 5,52.
Embora a redução tenha sido apenas de três centavos, os motoristas do país comemoraram a notícia. Aliás, no acumulado das últimas quatro semanas, o valor da gasolina caiu 15 centavos, visto que a gasolina estava custando, em média, R$ 5,67 na primeira semana de julho.
Além disso, vale lembrar que a gasolina poderia estar ainda mais cara no Brasil devido à reoneração dos impostos sobre o combustível. No entanto, os últimos reajustes promovidos pela Petrobras conseguiram limitar o avanço dos preços.
A gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março deste ano, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. A reoneração ocorreu após o governo prorrogar a isenção desses impostos por dois meses, em janeiro e fevereiro.
Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.
Até o final de maio, os estados definiam alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.
Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em resumo, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
A título de comparação, o preço médio nacional da gasolina era de R$ 4,96 na última semana de 2022. Portanto, o combustível está 11,3% mais caro neste ano, o que corresponde a 56 centavos, e os motoristas torcem para que a gasolina volte a custar menos de R$ 5,00 no país.
Apesar das reduções nas última semanas, a gasolina continua com um preço muito elevado no país. Inclusive, os valores poderiam estar ainda mais altos nas bombas de combustíveis. Isso só não aconteceu graças aos reajustes promovidos pela Petrobras nos últimos meses.
Em meados de maio, a companhia reduziu em 40 centavos por litro o valor da gasolina. Cerca de um mês depois, houve uma nova redução, dessa vez de 12 centavos. O último reajuste ocorreu no dia 1º de julho, de 14 centavos.
Isso quer dizer que o preço da gasolina ficou 66 centavos mais barato no país desde meados de maio, caindo de R$ 3,18 para R$ 2,52. O problema é que esse valor se refere ao combustível comercializado para as distribuidoras do país e não para os consumidores, que sempre pagam mais caro.
Na verdade, os reajustes da Petrobras nem chegam ao consumidor final em sua totalidade. Em síntese, os postos de combustíveis repassam apenas parte dos reajustes, pois há outras variáveis que encarecem os preços dos combustíveis, como mão de obra, margem de lucro e custos operacionais, por exemplo.
De toda forma, a Petrobras conseguiu limitar o encarecimento da gasolina, que poderia ter subido bem mais por causa dos impostos. Por outro lado, os consumidores não conseguiram aproveitar toda a redução promovida pela companhia porque os valores se referem às distribuidoras, e os postos não repassam todo o reajuste.
Nesta semana, o preço do combustível ficou mais barato em três regiões brasileiras, com as quedas oscilando entre quatro e seis centavos. Já as altas, registradas no Nordeste e no Norte, foram de apenas um e dois centavos, respectivamente.
Segundo os dados da ANP, o maior preço médio foi registrado na região Norte (R$ 5,89), seguida por Nordeste (R$ 5,69), Sul (R$ 5,58), Centro-Oeste (R$ 5,37) e Sudeste (R$ 5,37).
Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 13 das 27 unidades federativas (UFs). Os maiores recuos foram registrados no Rio Grande do Sul (11 centavos) e no Distrito Federal (nove centavos). Outros sete estados registraram alta dos valores, enquanto os preços se mantiveram estáveis nas sete UFs restantes.
Na semana, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:
Por outro lado, os menores valores foram encontrados nas seguintes UFs: