A vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Inês Magalhães, apresentou uma estimativa otimista quanto ao financiamento imobiliário, prevendo um cenário de crescimento significativo até o final deste ano. Segundo ela, este mercado será impulsionado pela utilização dos saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Entenda as razões por trás desse otimismo e as características do financiamento imobiliário com saques do FGTS, bem como as recentes mudanças nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida que contribuíram para esse cenário favorável.
Inês Magalhães prevê que o financiamento imobiliário com saques do FGTS atingirá um novo recorde em 2023, com um montante estimado em R$ 96 bilhões.
Em suma, essa previsão é baseada em dados que mostram um aumento notável nas concessões de empréstimos de janeiro a agosto deste ano, totalizando R$ 64 bilhões. Isso representa um impressionante aumento de 53% em comparação com o mesmo período em 2022.
Uma das principais razões por trás desse aumento é o recente rompimento das regras do programa Minha Casa, Minha Vida, que resultou em um aumento de cerca de 70% nas consultas e concessões de financiamento no site da Caixa.
Além disso, o governo também aumentou os subsídios do programa para até R$ 55 mil e reduziu as taxas de juros nas regiões Norte e Nordeste, além de expandir o limite de preços para os imóveis financiados. Essas medidas tornaram o financiamento imobiliário ainda mais acessível e atraente para os brasileiros.
É importante destacar que o financiamento imobiliário utilizando os saques do FGTS se encaixa automaticamente no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que tem como limite o financiamento de unidades com um valor máximo de R$ 1,5 milhão.
Desse modo, uma vantagem desse sistema é a garantia de que as taxas de juros não ultrapassarão 12% ao ano. Além disso, parte dos recursos para esses financiamentos é proveniente da caderneta de poupança.
Desde agosto deste ano, os financiamentos da casa própria com o saldo do FGTS também se tornaram possíveis através do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que mantém o teto de R$ 1,5 milhão. No entanto, as taxas de juros nesse cenário são um pouco mais altas.
É importante ressaltar que a utilização do saldo do FGTS no financiamento imobiliário não é uma tarefa simples e direta. Dada a magnitude financeira envolvida nesse tipo de transação, o comprador precisa atender a uma série de requisitos específicos.
Contudo, é essencial que o trabalhador verifique se está apto a utilizar seu FGTS nesse tipo de operação e esteja ciente das condições e limitações.
Além de ser utilizado para a compra de imóveis novos, o saldo do FGTS pode ser empregado em outras opções, de acordo com o perfil e as necessidades do trabalhador:
Além de financiar a aquisição de um imóvel pronto, o FGTS pode ser utilizado na construção de uma casa própria. Desse modo, proporcionando aos trabalhadores a oportunidade de realizar o sonho da casa ideal.
Em resumo, quem já possui um financiamento imobiliário pode utilizar o FGTS para liquidar ou amortizar o saldo devedor. Assim, reduzindo o valor das prestações e economizando a longo prazo.
Em algumas situações, é possível utilizar o FGTS para pagar as prestações do financiamento, aliviando o orçamento mensal e garantindo a estabilidade financeira.
Certamente, o financiamento imobiliário com saques do FGTS está sendo impulsionado por mudanças nas políticas governamentais e pelas facilidades oferecidas pela Caixa Econômica Federal. No entanto, é fundamental estar ciente dos requisitos e limitações envolvidos nesse processo para tomar decisões financeiras bem informadas.