Direitos do Trabalhador

FGTS pode se tornar PERMANENTE para estas pessoas; entenda impacto

Em breve, o saque-calamidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) poderá se tornar permanente para um grupo específico de pessoas. Ao menos esta é a proposta apresentada nesta terça-feira (4) pelo senador Jayme Campos (União-MT).

A ideia do projeto é permitir que o trabalhador tenha acesso à sua conta sempre que o governo federal reconhecer o estado de calamidade ou de emergência em seu município. Assim, estes cidadãos poderiam ter acesso ao dinheiro de forma direta, sem precisar esperar pela liberação da Caixa Econômica Federal.

A proposta também indica que o saque-calamidade do FGTS não poderá prever um intervalo mínimo entre uma movimentação e outra. Hoje, o cidadão que está em uma cidade que se encontra em situação de calamidade só pode sacar a quantia caso respeite um período prévio de carência.

“A lei já prevê a hipótese do que é conhecido como saque calamidade, ou seja, o acesso aos recursos do FGTS em caso de decretação de estado de calamidade pública do município em que reside o trabalhador. No entanto, a regulamentação da lei estipulou que esses saques não podem ocorrer em intervalo inferior a 12 meses. Essa vedação acaba representando uma limitação do direito do trabalhador de acessar os recursos do FGTS”, disse o senador.

“Atualmente, a lei permite apenas um saque por ano do FGTS em caso de calamidade pública e precisa ser corrigida essa distorção. O projeto de lei de nossa autoria dá mais liberdade ao indivíduo, aos governos locais e regionais, aproximando a administração pública da realidade dos nossos trabalhadores […]. Assegurar que o saque da calamidade possa ser feito com restrições reforça seu papel estratégico do fundo, e isso em um momento especialmente difícil da vida da família, em que o acesso rápido ao recurso financeiro é fundamental”, seguiu ele.

O saque-calamidade do Rio Grande do Sul

O governo federal já liberou o saque-calamidade do FGTS para os trabalhadores do Rio Grande do Sul. O estado passa neste momento pelo maior desastre ambiental de toda a sua história. Dados mais recentes da Defesa Civil indicam que milhares de gaúchos seguem desabrigados ou desalojados neste momento.

Até aqui, 823,9 mil pessoas já solicitaram o saque-calamidade desde o início da liberação no Rio Grande do Sul. Segundo a Caixa Econômica Federal, o total liberado ultrapassou a marca de R$ 1,4 bilhão no último dia 31 de maio.

O saque em questão é de até R$ 6,2 mil em contas do FGTS, e pode ser solicitado por trabalhadores dos municípios habilitados.

Rio Grande do Sul passa pelo maior desastre ambiental da sua história. Imagem: Marcelo Caumors/ Agência Brasil

Como solicitar o saque-calamidade do FGTS

Abaixo, você pode conferir um passo a passo para solicitar o saque-calamidade do FGTS:

  • Ao acessar o app FGTS, clique na opção “Meus Saques“;
  • Escolha a opção “Outras Situações de Saques“;;
  • Selecione o motivo do saque como “Calamidade Pública“;
  • Selecione a cidade;
  • Clique em? “Continuar“;
  • Escolha uma das opções para receber o benefício?: crédito em conta bancária de qualquer instituição ou sacar presencialmente;
  • Faça o upload dos documentos requeridos;
  • Confira os documentos anexados e confirme ?;
  • A Caixa irá analisar a solicitação e, caso esteja tudo certo, o valor será creditado em sua conta.

Abaixo, você pode ver a lista de outros municípios que também já estavam com a liberação do saque-calamidade do FGTS aceita pela Caixa Econômica Federal por conta das cheias deste ano de 2024:

  • Agudo;
  • Anta Gorda;
  • Bom Retiro do Sul;
  • Candelária;
  • Encantado;
  • Esteio;
  • Farroupilha;
  • Feliz;
  • Guaíba;
  • Jaguari;
  • Nova Palma;
  • Nova Santa Rita;
  • Portão;
  • Porto Alegre;
  • Porto Xavier;
  • Rolante;
  • Santa Tereza;
  • São Marcos;
  • São Sebastião do Caí;
  • Sobradinho;
  • Taquara;
  • Triunfo.

Em caso de dúvidas específicas sobre a sua situação, a dica é entrar em contato com a Caixa Econômica Federal, seja através dos seus canais remotos ou presenciais.