Fernando Pessoa foi um dos maiores nomes da literatura portuguesa e, até mesmo, de toda a literatura mundial.
Dessa forma, não é de se surpreender que questões sobre o autor e as características de suas obras sejam tão comuns nas principais provas do país.
Assim, se você deseja alcançar um bom desempenho nas provas de português dos vestibulares, dos concursos ou do ENEM, é fundamental que você domine os principais tópicos da obra de Pessoa. Confira, a seguir, um resumo sobre o autor.
Fernando Pessoa foi um poeta que integrou o movimento modernista português. Em seus textos, o autor elaborou uma série de poesias sentimentais e intimistas, mas, ao mesmo tempo, intelectualizadas.
Pessoa trabalhou com uma temática variada, por meio da qual interrogou o sentido da vida, as perdas, o saudosismo e a cultura. Ainda, devemos destacar que em qualquer um de seus temas é constante o tom de tristeza e de desconsolo.
O autor português opta por uma poesia metrificada, com a presença de redondilha e outras métricas curtas. Seus poemas possuem musicalidade suave e difusa, lembrando o movimento simbolista.
Além disso, Fernando Pessoa trabalhou por meio de seus heterônimos. Os heterônimos foram criados como pessoas diferentes de Pessoa e o autor não apenas assinou os textos com os nomes desses, mas também criou personalidades e biografias para os mesmos.
Vamos conhecer, a seguir, cada um dos três heterônimos.
Criado em contato com o campo, Alberto Caeiro escreve uma poesia na qual a natureza ocupa um grande espaço. O autor a usa como uma referência para a vida ideal, pregando a simplicidade natural e material da vida, que deve, à seus olhos, ser despojada de qualquer inquietação intelectual.
Álvaro de Campos faz, em seus textos, apologias ao progresso, coerentes com a sua formação de engenheiro naval. Ao mesmo tempo, porém, Álvaro questiona a própria máquina, por vê-la também como veículo de massificação do cotidiano.
Esse heterônimo é a manifestação mais moderna de Fernando Pessoa, não só pelo conflito pessoal, mas também pela irreverência da linguagem e pela forma insólita de algumas ideias e da metrificação.
A atitude vagamente moralista e didática, o gosto pela mitologia, a erudição do vocabulário, a admiração pelos clássicos e a preocupação com a métrica fazem de Ricardo Reis um completo neoclássico, não faltando, sequer, a musa inspiradora de nome grego: Lídia.