Falta de apetite crônica causa transtornos físicos e emocionais
Tanto os conteúdos informativos divulgados na internet, como também, a procura por atendimentos relacionados à falta de apetite crônica são bem limitados, comparados a outros tipos de transtornos alimentares.
Isso se explica, pelo fato de muitas pessoas associarem esta condição como algo benéfico, já que a cultura da magreza, ainda é extremamente priorizada entre os padrões de beleza limitados da sociedade.
Apesar disso, vale destacar que a falta de apetite crônica pode acarretar em inúmeros transtornos, tanto para a saúde física, quanto emocional do portador.
Esta condição, que pode ser um sintoma de determinada doença, como também um desequilíbrio do organismo, merece ser abordada como qualquer outro tipo de distúrbio alimentar, por meio de avaliações médicas e se indicado, tratamentos específicos.
Consequências da falta de apetite crônica
A falta de apetite crônica pode interferir tanto na saúde, quanto na aparência do indivíduo, prejudicando inclusive sua autoestima.
Sem o estímulo para fazer uma alimentação completa e adequada, a pessoa acaba reduzindo cada vez mais o consumo diário de calorias, o que acarreta na perda de peso e principalmente, dos nutrientes essenciais para manter o funcionamento regular do organismo.
Além da perda de gordura e massa magra, outras consequências danosas à saúde, como por exemplo, a baixa da imunidade e anemia podem ser bem comuns neste quadro de falta de apetite, além disso, crianças podem ter a interrupção do crescimento.
O sistema nervoso também pode ser afetado promovendo dificuldades de raciocínio, tonturas, inconsciências e náuseas.
Além dos sintomas físicos, as pessoas com falta de apetite crônica ainda possuem grandes chances de desenvolverem transtornos mentais, como ansiedade e depressão, por exemplo.
Tratamentos para a falta de apetite
Visto que a falta de apetite pode ser um sintoma de alguma doença, o primeiro passo para solucionar esta condição é identificar sua provável causa.
Distúrbios de tireoide, diabetes, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, inclusive, o uso de determinados medicamentos como a fluoxetina, tramadol e o liraglutida podem acarretar na falta de apetite.
Caso não seja diagnosticada uma causa aparente, problemas emocionais ou psicológicos também são prováveis gatilhos para esta condição, além de maus hábitos como o tabagismo, consumo de drogas ilícitas e até o sedentarismo.
Para quadros onde não há uma suposta doença a ser tratada, a falta de apetite pode ser amenizada com atitudes simples do dia a dia, como por exemplo, a ingestão de alimentos ricos em vitamina B, que estimulam a fome, entre eles:
- Peixes
- Levedura de cerveja
- Fígado
- Castanhas
- Abacate
- Vegetais verdes (couve e espinafre)
Praticar atividades físicas também estimula o apetite, visto o alto gasto de energia. Dessa forma, o organismo irá demandar de mais nutrientes e o sinal de alerta para isso será a fome.
Além dessas alternativas, o mais indicado é que em casos de falta de apetite crônica, uma avaliação endocrinológica seja realizada, a fim de garantir as soluções adequadas para amenizar este problema.