O Facebook chegou aos 2 bilhões de usuários diários ativos (DAUs, na sigla em inglês) no final de 2022. O número foi alcançado após a adição de 16 milhões de DAUs no último trimestre de 2022, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2021. Este é o segundo negócio da Meta que bate os 2 bilhões de usuários, sendo que o primeiro foi o WhatsApp.
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Se o número de usuários diários ativos do Facebook é uma boa notícia para a Meta – visto que, há um ano, a rede social tinha apresentado a primeira queda de usuários em sua história – o mesmo não pode se dizer de sua receita, que teve queda de 4% no período e chegou a US$ 32,2 bilhões no último trimestre de 2022.
Já é a quarta queda na receita seguida da empresa, que não teve um bom 2022 neste quesito. Isso porque a receita passou dos US$ 117,9 bilhões de 2021 para US$ 116,6 bilhões no ano passado. A receita líquida teve queda ainda pior no último trimestre, passando de US$ 10,3 bilhões para US$ 4,6 bilhões em um ano (redução de 54,8%).
Parte dessa perda é explicada pelo investimento da empresa no metaverso, com sua unidade de negócios Reality Labs. Mais uma vez, ela apresentou prejuízo operacional que chega a US$ 4,3 bilhões no quarto trimestre de 2022, um total de US$ 13,7 bilhões em todo o ano.
A receita da Reality Labs chegou a US$ 727 milhões no último trimestre e chegou a US$ 2,2 bilhões em todo o ano, uma queda frente ao resultado de 2021, que foi de US$ 2,3 bilhões. Com esse valor de 2022, o braço de metaverso representa menos de 2% do que a Meta recebe. Curiosamente, a Reality Labs conta com um dos poucos, senão único, produto vendido pela Meta: os óculos de realidade virtual Quest.
Mesmo com estes números, a Meta ainda pretende continuar investindo significativamente no metaverso, pois enxerga que há grandes oportunidades nessa área a longo prazo. Portanto, a empresa já avisa que as perdas da Reality Labs devem aumentar em 2023, algo que no mundo da tecnologia é comum, já que se precisa de muito gasto para inovar.
Frente a perda nos ganhos da empresa, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que 2023 será o “ano da eficiência” da empresa. A empresa promete cortar US$ 5 bilhões em custos neste ano, mantendo uma margem entre US$ 89 bilhões a US$ 95 bilhões. Para isso, o plano é cortar projetos que não estão performando ou que não são cruciais para o negócio.
Essa estratégia deve acabar sobrando para os funcionários da empresa. Em novembro do ano passado, a Meta já havia demitido 11 mil colaboradores e, segundo o Financial Times, uma nova rodada de demissões está sendo preparada, algo que agrada o mercado, já que as ações da empresa aumentaram 2,85% após a informação.
Outro ponto anunciado pela Meta foi a previsão de que os gastos de capital também devem diminuir em 2023 e fechar entre US$ 30 bilhões e US$ 33 bilhões. Os cortes envolvem a construção de data centers próprios. Além disso, a companhia tem previsão de atingir uma receita entre US$ 26 bilhões e US$ 28,5 bilhões, no segundo trimestre.
No Brasil, a Meta detém o pódio de aplicativos mais populares, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Dezembro de 2022. Atualmente, o app mais usado por brasileiros é o Instagram, apontado por 35% dos usuários de smartphone do País. Um ano atrás, ele estava em segundo lugar citado por 27% dos entrevistados. O WhatsApp vem na sequência, com 30%, e bem atrás, fechando o pódio, o Facebook, com 8%.
O foco estratégico do Instagram na promoção de vídeos através da sua ferramenta Reels pode ser a explicação para as pessoas estarem passando mais tempo nele. Criado para fazer frente a plataformas de vídeos curtos, como TikTok e Kwai, o Reels têm conseguido manter a base de usuários do Instagram engajada e, pelo visto, mais tempo com o app aberto.