De acordo com o relatório de Compra e Venda do QuintoAndar, publicado recentemente, houve um aumento no preço de imóveis em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, no segundo trimestre de 2023. Todavia, o aumento na média de preços nestas cidades, se deu na relação com o início do ano e em 2022.
A princípio, convém observar que o preço do metro quadrado negociado em São Paulo, por exemplo, ficou em R$7.153. Neste trimestre, houve, portanto, uma alta expressiva, de cerca de 3,67%. Segundo o levantamento, em relação ao mesmo período de 2022, o índice apresentou um crescimento substancial, de 6,36%.
Desse modo, na cidade do Rio de Janeiro, o valor do metro quadrado ficou em cerca de R$5.013. Na comparação com o trimestre anterior, o índice apresentou um crescimento de 4,31%. Em relação aos últimos 12 meses, houve uma alta de R$0,65%, relacionado aos valores negociados sobre os imóveis na capital do estado.
Em Belo Horizonte, a média de preços relativa ao metro quadrado dos imóveis negociados ficou em R$4.750. Durante o segundo trimestre de 2023, houve uma alta no índice de 5,56% em relação ao anterior. Na comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com o levantamento, houve uma alta de 0,04% no total.
Segundo Vinicius Oike, economista do QuintoAndar, o crescimento relacionado ao índice de preços no segundo trimestre deste ano, se deve, em parte, à elevação do tíquete médio praticado pelo mercado de imóveis nestas cidades. Aliás, ele afirma que houve uma redução exponencial na demanda por unidades econômicas.
O economista também afirma que no período, aconteceu um aumento de participação de mercado de unidades econômicas de médio e alto padrão. Isso influenciou diretamente nos preços negociados sobre os imóveis nas capitais. Ademais, para Vinicius Oike, este cenário estava presente em todas as cidades.
Analogamente, o economista diz que com a projeção sobre redução na taxa de juros básica da economia brasileira, pelo Banco Central, a tendência é a de que haja uma redução expressiva nos valores dos imóveis negociados. Vale ressaltar que o Comitê de Política Monetária (Copom), reduziu a Selic em 0,50% em agosto.
Vinicius Oike diz que, “o Banco Central entra agora num ciclo de afrouxamento da taxa de juros. Nos próximos meses, com a taxa mais baixa, as condições de financiamento devem melhorar gradualmente”. O Copom irá se reunir novamente nos dias 19 e 20 de setembro de 2023, e sua decisão irá influenciar os valores dos imóveis.
De acordo com o Índice FipeZap+, que realiza os cálculos sobre os valores de imóveis residenciais em mais de 50 municípios, em todo território nacional, o preço do metro quadrado construído no país teve uma alta de 1,1% no primeiro trimestre. Dessa maneira, a média dos valores negociados em todo o Brasil, está em R$8.400.
Em suma, o levantamento do FipeZap+ mostra que a cidade de Itajaí, litoral de Santa Catarina, por exemplo, possui um metro quadrado avaliado em cerca de R$9.556. Para se ter uma ideia, os valores negociados pelos imóveis tiveram uma alta exponencial de 15,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Dessa forma, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, houve uma grande valorização relacionada aos imóveis negociados nos últimos anos, deixando a cidade em alguns momentos como líder no ranking, o metro quadrado mais caro do país. Em relação ao ano passado, houve uma alta de 11,7% com o preço médio negociado batendo na casa dos R$9.907.
Dessa forma, na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, o levantamento apontou que a média de preços de imóveis de 65m2 está em cerca de R$665 mil. Atualmente, o preço médio do metro quadradosegundo a pesqusia, está em R$10.223. Sendo assim,o município capixaba segue sendo um dos mais valorizados em todo o país.
Em conclusão, o litoral catarinense possui quatro das sete cidades brasileiras com o metro quadrado de seus imóveis mais caros. Em primeiro lugar eem todo o país, fica o Balneário de Camboriú (SC), com R$11.876, seguido por Itapema (SC), com R$11.037, São Paulo (SP), com R$10.034, Vitória (ES), com R$10.223, Florianópolis (SC), com R$9.907, Rio de Janeiro (RJ), com R$9.882 e Itajaí (SC), com R$9.556.