A ecolocalização é um processo fisiológico que certos animais usam para localizar objetos em áreas de baixa visibilidade.
Os animais emitem ondas sonoras agudas que ricocheteiam nos objetos, retornando um “eco” e fornecendo informações sobre o tamanho e a distância do objeto. Dessa forma, eles são capazes de mapear e navegar pelos arredores, mesmo quando não conseguem ver.
A saber, tal habilidade é reservada principalmente para animais noturnos, que fazem escavações profundas ou vivem em grandes oceanos.
Como eles vivem ou caçam em áreas de luz mínima ou escuridão total, eles evoluíram para confiar menos na visão, usando o som para criar uma imagem mental de seus arredores.
Os cérebros dos animais, que evoluíram para entender esses ecos, captam características específicas de som, como altura, volume e direção para navegar pelos arredores ou encontrar uma presa.
Seguindo um conceito semelhante, algumas pessoas cegas conseguem se treinar para usar a ecolocalização clicando na língua.
Para usar a ecolocalização, um animal deve primeiro criar algum tipo de pulso sonoro. Normalmente, os sons consistem em guinchos ou cliques agudos ou ultrassônicos. Em seguida, eles ouvem os ecos das ondas sonoras emitidas ricocheteando em objetos em seu ambiente.
Morcegos e outros animais que usam ecolocalização são especialmente sintonizados com as propriedades desses ecos.
Se o som voltar rapidamente, o animal sabe que o objeto está mais perto; se o som for mais intenso, ele sabe que o objeto é maior. Até mesmo o tom do eco ajuda o animal a mapear seus arredores.
Um objeto em movimento em direção a eles cria um tom mais alto, e os objetos que se movem na direção oposta resultam em um eco de retorno de tom mais baixo.
Estudos sobre sinais de ecolocalização encontraram semelhanças genéticas entre as espécies que usam a ecolocalização.
Especificamente, orcas e morcegos, que compartilharam mudanças específicas em um conjunto de 18 genes conectados ao desenvolvimento do gânglio coclear (o grupo de células neuronais responsáveis pela transmissão de informações do ouvido para o cérebro).
Vale frisar que a ecolocalização não se reserva atualmente apenas para a natureza.
As tecnologias modernas tomaram emprestado o conceito de sistemas como, por exemplo, o sonar usado para a navegação de submarinos e o ultrassom usado na medicina para exibir imagens do corpo.
E então, o que achou desse tema?
Falamos mais sobre isso neste post: 4 sentidos que os animais têm e os humanos não