O orçamento do MEC (Ministério da Educação) tem relação direta à produção e distribuição de livros didáticos.
Um dos entraves causado atualmente nesse âmbito é na reposição de exemplares para o segundo semestre do PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático). Por falta de verba liberada esse processo está paralizado.
“Essa é a primeira vez na história que corremos o risco de não ter reposição de livros para o segundo semestre”, ressalta Ângelo Xavier, presidente da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional).
“Em anos anteriores, as editoras já estavam produzindo os livros nesta época do ano”, continua Xavier.
Segundo ele, está ocorrendo um potencial atraso, o qual poderá afetar o ano letivo drasticamente.
“O material que faria a transição para o novo ensino médio, por exemplo, que deveria chegar em agosto nas escolas, só será entregue em 2022, um prejuízo para os estudantes”, alerta Xavier.
De acordo com a Abrelivros, a produção oficial seria de aproximadamente 215 milhões de livros previstos até o final do primeiro semestre de 2021.
Entretanto, cerca de 140 milhões de exemplares estão “presos”, pois o MEC (Ministério da Educação) não fez a solicitação.
“Esse número representa 2/3 da produção, todas as editoras estão em compasso de espera, ninguém produziu nada para o governo federal neste ano e o clima é de incerteza e preocupação”, pontua Xavier.
“Acreditamos que 2022 seja o ano da retomada do ensino, que escolas possam recuperar o atraso de aprendizagem desse período de pandemia e não ter a preocupação se vai ter livro ou não”.
A assessoria de imprensa do FNDE informou que “os exemplares destinados à reposição serão contratados até julho. Quanto ao PNLD 2023, o MEC já atendeu às demandas das editoras sobre as dúvidas no edital.”
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