Muitas pessoas têm uma compreensão equivocada de que manter o carregador do celular conectado à tomada sem estar em uso não gasta energia. Entretanto, essa percepção não está correta. Mesmo em modo de espera, os carregadores continuam a consumir uma quantidade mínima de energia. Esse fenômeno conhecido como “consumo em standby” aumenta, sim, a conta de luz.
É crucial esclarecer que o consumo nesse estado é reduzido, não resultando em um aumento substancial nas despesas da conta de luz. Ainda assim, é viável adotar práticas mais ecologicamente conscientes.
Apesar de a quantidade de energia consumida ser pequena e não ocasionar um aumento relevante na conta de luz, é crucial ponderar certos aspectos antes de continuar com esse hábito. Por exemplo, quantos carregadores permanecem conectados à tomada sem utilidade em sua residência? Se você compartilha a casa com seus pais e irmãos, serão no mínimo quatro carregadores desnecessariamente conectados.
Além disso, ao adicionarmos outros aparelhos eletrônicos à equação, como as fontes de energia de notebooks, carregadores de tablets e smartwatches, o consumo pode tornar-se mais notável. Isso resulta em encargos mensais mais expressivos nas faturas de energia elétrica.
O consumo energético dos carregadores varia de acordo com o modelo e a marca de cada dispositivo. Durante o período de espera, um carregador de celular tem um consumo de aproximadamente 0,1 a 0,5 watt. Para fins de comparação, o carregador do iPhone consome cerca de 2,24 watts durante o carregamento ativo do dispositivo, mas apenas 0,26 watt quando em modo de espera.
Digamos que um carregador de iPhone permaneça conectado à tomada 24 horas por dia, ao longo do ano, sem ser usado. Considerando uma tarifa elétrica de R$ 0,70 por quilowatt-hora (kWh), o consumo anual em modo de espera totalizaria cerca de 2,28 kWh.
Isso se traduziria em um custo anual de aproximadamente R$ 1,60 devido ao consumo energético “fantasma” do carregador, o que equivale a menos de R$ 0,15 por mês. Embora possa parecer uma quantia diminuta, esse custo ganha relevância quando somado aos demais dispositivos que permanecem conectados sem serem utilizados dentro de sua residência.
Uma orientação inicial é evitar enrolar excessivamente o cabo do carregador, já que esse comportamento pode acarretar desgaste nos fios internos. Uma abordagem recomendada é armazená-lo de modo mais folgado, se possível utilizando suportes específicos ou dispositivos organizadores para prevenir emaranhados.
Outra medida crucial envolve proteger o carregador contra umidade e altas temperaturas. Manter distância de líquidos e ambientes excessivamente quentes, como em proximidade de fogões ou aquecedores, contribui para evitar danos nos componentes internos.
Adicionalmente, é imperativo utilizar somente carregadores originais ou certificados pela fabricante do seu dispositivo. Acessórios piratas ou de qualidade inferior podem não fornecer energia de maneira adequada, comprometendo a durabilidade da bateria do celular.
Por último, evite tracionar o cabo ao desconectar o carregador da tomada ou do aparelho. Essa ação pode ocasionar danos ao cabo ou até mesmo ao conector. É mais apropriado segurar pelo próprio plugue e tracionar delicadamente para realizar a desconexão.
Utilizar o smartphone durante o processo de carregamento é uma prática comum entre os usuários e que pode resultar em situações perigosas. Por conseguinte, conhecer maneiras de salvaguardar a própria segurança é crucial.
Evite manipular o carregador do dispositivo enquanto ele estiver conectado à tomada, uma vez que certas ações podem desencadear explosões, choques elétricos, incêndios e outros incidentes. Conheça os comportamentos a serem evitados por meio desta lista:
Não utilizar o carregador original do aparelho acarreta em um aumento significativo do risco de ocorrência de incidentes. Carregadores de procedência duvidosa ou desconhecida não oferecem a mesma qualidade e segurança assegurada. Logo, priorize as marcas certificadas e compatíveis com o seu dispositivo.
Colocar o celular para carregar em camas e sofás obstrui a ventilação e essa situação pode resultar no superaquecimento do aparelho. Determinados tecidos e ambientes propiciam o acúmulo de calor, potencialmente gerando incêndios.
Manter o aparelho em locais com temperaturas elevadas é altamente prejudicial, portanto, evite carregar o celular dentro do carro sob a luz solar direta. Infelizmente, existem casos nos quais o celular pode explodir, tornando imperativo evitar esse hábito.
Interagir com o celular enquanto ele está conectado à energia aumenta o risco de danos elétricos, como curtos-circuitos. Além disso, a probabilidade de derrubar o aparelho é considerável, visto que ele está conectado ao cabo do carregador, podendo ocasionar danos físicos ou até situações extremas, como explosões próximas ao usuário.
Evite continuar a utilizar o carregador após a bateria ter atingido a capacidade máxima. Isso pode resultar em superaquecimento e prejudicar o dispositivo a longo prazo, diminuindo a durabilidade e a eficiência da bateria.
Por fim, caso o carregador ou o aparelho apresente um aquecimento excessivo, não negligencie essa reação. Observe se o smartphone manifesta variações de temperatura e, se notar qualquer alteração, desconecte-o imediatamente da tomada.
Essa atitude pode ser crucial para preservar a sua segurança. Assim, evitará acidentes graves, garantindo a integridade do seu celular e minimizando o risco de incêndios.