A moeda de 1 centavo carrega consigo o fato de ser a peça menos valiosa em nossa economia. Mas isso só é verdade do ponto de vista do Banco Central (BC). Para o mundo da numismática, uma simples moeda de 1 centavo pode valer muito mais do que se imagina no final das contas.
Neste artigo específico, vamos falar sobre a moeda de 1 centavo do ano de 2004. Trata-se de uma peça que ainda tem valor monetário, mas que não é mais produzida pelo Banco Central. Assim, dificilmente você encontrará o exemplar circulando pelo comércio.
Seja como for, o fato de não ser mais fabricada ajuda a explicar o grau de raridade do item, que vem ganhando cada vez mais valor com o passar dos anos. A grande maioria dos brasileiros, no entanto, sequer sabe disso.
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 1 centavo do ano de 2004, com base nas informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Nas lista de características acima, é possível notar que esta moeda de 1 centavo conta com a representação do busto de Pedro Álvares Cabral, conhecido historicamente como o português que descobriu o Brasil. Ele representa na prática a chegada dos portugueses em solo nacional, que já era ocupado pelos índios.
Os detalhes históricos sobre a chegada de Cabral ao Brasil são escassos, mas se sabe que ele era um dos maiores navegadores e exploradores de sua época. Hoje, há uma estátua em sua homenagem na cidade de Belmonte, em Portugal, a sua terra natal.
Em condições normais, ou seja, sem erros de cunhagem ou variantes, a moeda de 1 centavo do ano de 2004 não conta com valores diferenciados. De todo modo, existem casos em que o exemplar pode ser considerado raro dentro do mundo da numismática.
Isso ocorre quando a peça é encontrada com defeito de cunho marcado. Neste caso, a moeda poderá ser vendida em 2024 por algo entre R$ 5 e R$ 50, a depender do estado de conservação do exemplar.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.