O BPC (Benefício de Prestação Continuada) garante vantagens a pessoas que enfrentam incapacidades graves e pertencem a famílias com baixo poder aquisitivo. A noção de incapacidade abrange situações que restringem a autonomia pessoal e a habilidade laboral essencial para a subsistência.
Para compreender detalhes sobre esse benefício, especialmente no que se refere a indivíduos com TDAH, é aconselhável prosseguir com a leitura. Assim, será possível esclarecer algumas dúvidas relacionadas ao tema e, se necessário, buscar ativamente os direitos relativos ao BPC.
Aqueles diagnosticados com TDAH podem ser elegíveis para o BPC? Sim, essa é uma possibilidade. No entanto, é imperativo que a pessoa afetada pelo Transtorno de Déficit de Atenção, com ou sem Hiperatividade, e/ou Transtorno Opositor Desafiador demonstre a incapacidade resultante dessas condições.
A confirmação desse quadro é realizada por meio de um relatório médico, que pode abranger avaliações de vários especialistas na área da saúde. No entanto, a mera comprovação da incapacidade não é suficiente para assegurar o acesso ao BPC para indivíduos com TDAH.
Existem também critérios relacionados ao rendimento econômico. O benefício destina-se exclusivamente a indivíduos inseridos em núcleos familiares com recursos financeiros limitados. Essa restrição financeira se manifesta por meio de um rendimento per capita não superior a R$ 353, equivalente a um quarto do salário mínimo vigente.
Para determinar se o seu núcleo familiar se encontra dentro desse limite de rendimento, é possível realizar uma avaliação simplificada. Some todas as receitas domésticas, incluindo salários, remunerações como autônomo ou empresário individual, e benefícios de aposentadoria. Em seguida, divida esse total pelo número total de pessoas que residem na mesma habitação.
No âmbito do BPC, a quantia mensal destinada é de um salário mínimo integral. Atualmente, esse valor corresponde a R$ 1.412.
Para requerer o BPC destinado a indivíduos com TDAH, é necessário seguir um procedimento específico. Primeiramente, é crucial reunir toda a documentação que comprove a condição de incapacidade, incluindo diagnósticos médicos detalhados.
Além disso, é fundamental realizar o registro no CadÚnico, uma etapa obrigatória para todos os postulantes ao benefício, independentemente do diagnóstico. Nesse registro, é essencial apresentar identificação pessoal para todos os membros da família, bem como documentação comprobatória de rendimentos e residência.
Posteriormente, o pedido oficial do benefício deve ser submetido por meio da plataforma Meu INSS. Apesar de o benefício ser categorizado como assistencial, é o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que administra e efetua os pagamentos.
Por fim, é relevante salientar que, quando a solicitação do BPC está relacionada a uma deficiência incapacitante, é preciso passar por uma avaliação médica específica. A perícia do INSS consiste em um procedimento avaliativo conduzido por profissionais de saúde especializados, com o propósito de verificar e certificar a existência de condições médicas incapacitantes.
Durante a perícia médica, o perito do INSS analisa a condição clínica do requerente, considerando aspectos como o histórico médico, exames, laudos e outros documentos que comprovem a condição de saúde alegada. O objetivo é determinar se a incapacidade é temporária ou permanente, total ou parcial, e se ela impede o indivíduo de exercer suas atividades laborais habituais.
Essa avaliação médica é realizada em uma unidade do INSS, e o requerente deve comparecer pessoalmente na data e hora agendadas. É crucial que o solicitante apresente todos os documentos médicos disponíveis, pois eles fornecem informações essenciais para a decisão do perito. Além disso, a perícia é um momento para que o requerente exponha suas queixas, sintomas e limitações ao profissional de saúde, o que pode contribuir para uma avaliação mais precisa.