Estudo recém-publicado pela FGV Social aponta o risco de “sequelas de longo prazo bastante fortes” nas futuras gerações devido aos impactos da pandemia na educação. A evasão e o abandono escolar estão entre os problemas acentuados pelo longo período de afastamento das escolas.
O levantamento revela que crianças na fase de alfabetização (5 a 9 anos) e crianças mais pobres estão entre as mais afetadas pelas perdas de tempo de ensino ocorridas durante a pandemia.
Os dados da primeira etapa do Censo Escolar 2021 revelam quedas nos números de matrículas nos últimos dois anos. O Censo apontou que o Brasil perdeu mais de 650 mil matrículas de estudantes na educação infantil entre os anos de 2019 e 2021. De acordo com os dados do Censo, a redução no número de matrículas de crianças de até 5 anos foi de 7,3%.
Já os dados das pesquisas Pnad Covid e Pnad Contínua trimestral do IBGE apontam que o aumento da evasão escolar foi maior entre crianças de 5 a 9 anos de idade.
Nesse sentido, o Brasil retrocedeu em mais de uma década nesse indicador. A evasão tem atingido principalmente as crianças que estão em um período crítico da alfabetização, que envolve os anos finais da educação infantil ou os anos iniciais do ensino fundamental.
O pesquisador Marcelo Neri, diretor do FGV Social, afirmou à BBC News Brasil: “Os mais novos saíram mais da escola e retornaram menos aos bancos escolares”. Neri reforça a importância de vacinar as crianças nessa faixa etária. Para ele, a vacinação trará maior segurança aos pais para a retomada das atividades presencias de ensino.
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