Dentro do mundo da numismática, há uma máxima comum que indica que uma moeda pode ser considerada muito rara quando ela conta com algum erro de cunhagem. De fato, peças que contam com algum defeito de fabricação podem ser consideradas mais valiosas do que a média geral dos exemplares.
Mas existem casos em que estes exemplares podem valer muito dinheiro mesmo sem contarem com nenhum tipo de erro aparente. A grande maioria das pessoas não sabe, mas existem peças que ainda estão em circulação, e que podem valer muito dinheiro no final das contas.
Neste artigo específico, vamos falar sobre dois exemplos mais claros:
As duas peças citadas fazem parte da segunda família do Plano Real, e ainda possuem valor monetário. Isso quer dizer que elas podem ser encontradas a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo. Mas afinal de contas, por que estes exemplares podem ser considerados raros?
A resposta está necessariamente na tiragem destas moedas. A peça de 1 real do ano de 1998 conta com 18 milhões de unidades espalhadas. Já a 1 real de 1999 conta com 3,8 milhões. Tais números são considerados muito baixos dentro do mundo da numismática. Em um nível de comparação, a moeda de 1 real do ano de 2008 conta com mais de 664 milhões de unidades espalhadas.
Mas afinal de contas, quais são as principais características das moedas de 1 real dos anos de 1998 e 1999? Abaixo, você pode conferir as principais características das peças, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Agora, vamos indicar os valores projetados para estas moedas de 1 real dos anos de 1998 e 1999 tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados. Note que os valores são elevados mesmo considerando que os exemplares não contam com nenhum tipo de erro de cunhagem.
De todo modo, os patamares podem variar de acordo com o grau de conservação de cada exemplar. Veja nos quadros abaixo:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
R$ 5,00 | R$ 110,00 | R$ 120,00 |
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
R$ 15,00 | R$ 170,00 | R$ 350,00 |
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.