O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira (5) a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais três meses. Assim, o benefício que iria durar até julho, agora deverá seguir até o próximo mês de outubro. Pelo menos esta é a ideia do Palácio do Planalto neste momento. Por isso, muitas dúvidas surgiram nas últimas horas.
Uma dessas dúvidas é em relação a questão do auxílio para os pais solteiros. É que para quem não sabe, o benefício em questão paga valores maiores para as mães solteiras. Elas ganham R$ 375 enquanto os outros grupos ganham montantes menores. No caso do programa deste ano são parcelas de R$ 150 e R$ 250.
Há algumas semanas, o Congresso Nacional derrubou um veto do Presidente Jair Bolsonaro sobre este assunto. Com esta derrubada, os pais solteiros também ganharam o direito de receber o valor maior do programa. Então o Governo teria que passar a pagar os valores mais altos para esses homens.
A grande questão aqui é que a derrubada do veto no Congresso tem relação exclusivamente com o Auxílio do ano passado. Ele se refere apenas ao momento do pagamento do benefício nos primeiros meses de 2020, quando o Palácio do Planalto fez repasses nos valores de R$ 600 e R$ 1200.
Então na prática, essa derrubada não tem qualquer relação com essa prorrogação do Auxílio Emergencial pelos próximos meses. Dessa forma, dá para dizer que esses homens seguirão recebendo aquilo que recebem normalmente hoje no programa. Não há nenhum tipo de mudança neste sentido.
Na verdade, a prorrogação do Auxílio Emergencial não vai ter nenhum mudança significativa em relação ao que se vê agora. Os valores, por exemplo, seguirão os mesmos que vemos nos repasses atuais.
Outra coisa que não deve mudar é a quantidade de beneficiários do programa. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 39,1 milhões de pessoas estão recebendo os valores do programa agora. E eles seguirão.
De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Governo deve gastar cerca de R$ 9 bilhões por mês com os pagamentos da prorrogação do Auxílio Emergencial. Por isso, eles irão precisar de ajuda do Congresso para a aprovação de créditos extraordinários.
Sobre os pagamentos do ano passado, o Governo Federal ainda não se pronunciou. De acordo com especialistas, os pais solteiros que receberam parcelas de R$ 600 no ano passado, precisariam receber a diferença agora.
No entanto, o próprio Presidente Jair Bolsonaro teria que assinar essa mudança. Logo depois disso, o Governo ainda teria que decidir se vai pagar esse montante todo de uma vez ou se vai parcelar para cada um desses homens.
Boa parte desses pais poderão tentar entrar no novo Bolsa Família. Para isso, no entanto, eles terão que esperar para saber mais novidades do programa. O que se sabe até aqui é que o novo projeto vai começar assim que o Auxílio Emergencial chegar ao fim.