Desde o início deste ano, com a entrada da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve intensa discussão sobre o futuro do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A proposta original passou por reformulações e, na realidade, está prestes a eliminar uma das principais características dessa modalidade.
O saque-aniversário do FGTS foi implementado em 2019 e começou a valer em 2020, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Naquela época, a ideia era dinamizar a economia, permitindo que os trabalhadores retirassem uma parte do seu dinheiro, que é seu por direito, com certas limitações de saque.
Nessa modalidade, os trabalhadores têm a opção de receber anualmente até 50% do saldo disponível em suas contas do Fundo de Garantia ou sacar todo o valor acumulado em caso de demissão sem justa causa.
Contudo, caso optem pelo saque-aniversário e decidam voltar atrás, existe um período de carência de dois anos para retornar à modalidade de saque rescisão.
Com a chegada da nova administração, as regras do saque-aniversário do FGTS estão sendo revistas e reformuladas.
A proposta em discussão visa não apenas modificar, mas também extinguir essa modalidade, o que representa uma mudança significativa para milhões de trabalhadores em todo o país.
O debate sobre essa alteração tem sido intenso, pois envolve questões econômicas, sociais e individuais dos trabalhadores brasileiros.
Para saber mais detalhes sobre as mudanças propostas e como elas podem impactar sua situação financeira, continue acompanhando essa leitura.
Mudanças previstas para o futuro da modalidade saque-aniversário do FGTS
O futuro do saque-aniversário permanece incerto, mas as últimas declarações do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, indicam uma mudança significativa em sua abordagem inicial.
Enquanto Marinho inicialmente expressou a intenção de eliminar completamente o saque-aniversário, sua postura evoluiu ao longo dos meses.
Agora, ele afirma que não busca abolir essa modalidade, mas sim garantir que ela não bloqueie o saldo do trabalhador demitido sem justa causa.
Para atingir esse objetivo, um projeto de lei está em desenvolvimento e está prestes a ser apresentado no Congresso Nacional.
De acordo com as propostas, trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário e foram demitidos desde 2020 poderão receber retroativamente o saldo que foi bloqueado na demissão sem justa causa.
Essa mudança de perspectiva do ministro representa uma abordagem mais equilibrada, visando proteger os direitos dos trabalhadores sem eliminar completamente uma opção que pode beneficiar muitos brasileiros.
Agora, resta aguardar o desenrolar dos eventos no Congresso para saber como essa proposta será recebida e se, de fato, os trabalhadores terão a oportunidade de recuperar seus saldos bloqueados.
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Pronunciamento do ministro
De acordo com o pronunciamento do ministro, a única modificação proposta no projeto de lei diz respeito à liberação dos saldos bloqueados dos trabalhadores demitidos.
Não foram introduzidas quaisquer outras mudanças para os indivíduos que planejam aderir ao saque-aniversário ou para aqueles que não foram demitidos.
A proposta de alteração concentra-se especificamente na facilitação do acesso ao saldo retido dos trabalhadores dispensados, sem afetar os benefícios existentes para os demais participantes do programa de saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Luiz Marinho expressou sua resposta durante uma entrevista coletiva em 30 de outubro:
“Estamos aguardando agenda palaciana para bater o martelo [sobre o projeto de lei], pode ser essa semana, semana que vem, depende da agenda do Palácio”.
Como realizar a solicitação da modalidade saque-aniversário do FGTS
Descubra como realizar o saque-aniversário de forma simples e prática. Para acessar os fundos disponíveis nessa modalidade, o trabalhador precisa solicitar o saque por meio da Caixa Econômica Federal.
Essa solicitação pode ser feita de diversas maneiras. Como por exemplo, pelo aplicativo do FGTS, pelo site oficial, pelo internet banking da Caixa ou diretamente em uma agência bancária da Caixa.
Após a solicitação, o valor do benefício é creditado na conta poupança digital Caixa Tem. No entanto, se o cidadão preferir receber o montante em outra conta bancária, isso também é possível.
Basta seguir o procedimento no aplicativo do FGTS e solicitar o envio dos fundos para a conta desejada.
É importante estar atento ao prazo para acessar os valores. O trabalhador tem até o último dia útil do segundo mês após o direito ao saque para realizar a operação.
Caso o saque não seja efetuado dentro desse período, o dinheiro será automaticamente devolvido para a conta vinculada ao FGTS do trabalhador.