Os processos de unificação do território nacional que aconteceram na Itália e na Alemanha no século XIX foram muito importantes para o período.
Esses dois eventos são abordados com frequência por questões de história dentro das principais provas do país, como os vestibulares e o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para te ajudar a estudar história da melhor forma possível, o artigo de hoje trouxe um resumo completo com aquilo que você precisa saber sobre as Unificações da Itália e da Alemanha. Confira!
Antes da conclusão da unificação, a Itália era uma península região fragmentada, composta por vários estados independentes, como o Reino da Sardenha, os Estados Papais, o Reino das Duas Sicílias e os estados da Lombardia e Vêneto. Mas, a ideia de uma Itália unida era um ideal compartilhado por muitos intelectuais e nacionalistas italianos da época.
O processo de unificação italiana, conhecido como “Risorgimento”, teve início na década de 1830, com ações políticas e movimentos revolucionários que buscavam a unificação. Não podemos deixar de destacar, ainda, que Giuseppe Mazzini, Giuseppe Garibaldi e Camillo Cavour foram figuras cruciais para a consolidação do processo.
Mazzini, fundador da sociedade “Jovem Itália”, defendia que a unificação italiana deveria acontecer por meio de revoluções populares. Garibaldi, líder e herói popular, organizou um exército voluntário conhecido como “Camisas Vermelhas” e liderou campanhas militares fundamentais para a unificação.
Camillo Cavour, político e futuro primeiro-ministro do Reino da Itália, foi um dos principais responsáveis pela unificação italiana. Ele buscou apoio estrangeiro, especialmente da França, e promoveu reformas no Reino do Piemonte para fortalecer a sua posição política e possibilitar a unificação do país.
Em 1859, o reino de Sardenha-Piemonte, com o apoio militar francês, derrotou o Império Austríaco. Pouco tempo depois, Garibaldi e suas tropas conquistaram o Reino das Duas Sicílias e o Reino de Nápoles, unificando o sul da Itália.
Por fim, em 1861, o Reino da Itália foi proclamado com Vítor Emanuel II, rei do Reino da Sardenha, como seu monarca. Nos anos seguintes, a Itália anexou a região de Veneza (1866) e Roma (1870), consolidando território unido.
Assim como a Itália, a Alemanha também era formada por vários estados independentes. No país, o processo de unificação foi liderado pelo chanceler Otto von Bismarck.
Bismarck tinha o objetivo de alcançar a unificação alemã sob a liderança da Prússia para fortalecer o poder e a influência prussianos.
O primeiro passo significativo rumo à unificação aconteceu em 1864, na Guerra dos Ducados. Nesse embate, a Prússia e a Áustria derrotaram a Dinamarca e anexaram os ducados de Schleswig e Holstein. Dois anos depois, em 1866, a Prússia e seus aliados alemães derrotaram a Áustria na Guerra Austro-Prussiana, resultando na exclusão da Áustria da Confederação Germânica e na criação da Confederação da Alemanha do Norte, liderada pela Prússia.
Em 1870, com a Guerra Franco-Prussiana, a Prússia obteve uma vitória decisiva sobre a França. O conflito foi responsável por provocar a queda do Segundo Império Francês e a proclamação do Império Alemão. Assim, em 1871, Guilherme I, rei da Prússia, se tornou o Kaiser (rei) da Alemanha.
As Unificações da Itália e da Alemanha aconteceram no século XIX, um período marcado por fortes ideais nacionalistas, políticos e econômicos no continente europeu. As duas unificações provocaram, além disso, mudanças muito importantes no continente europeu.
Precisamos destacar, ainda, que os dois processos envolveram conflitos militares significativos e o fortalecimento de um estado dominante.
Porém, também existem diferenças importantes entre as Unificações da Itália e da Alemanha. Enquanto a Unificação Italiana, por exemplo, foi impulsionada por movimentos revolucionários populares e liderada por figuras carismáticas, como Giuseppe Garibaldi, a Unificação Alemã foi liderada por um estadista, Bismarck, e alcançada através de guerras e diplomacia.