O termo “Revoluções Burguesas” é usado para definir um conjunto de movimentos liderados pela burguesia para provocar o fim do Absolutismo Monárquico na Europa.
O assunto é abordado com questões de história geral dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e para o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Como mencionado, as Revoluções Burguesas foram transformações políticas, econômicas e sociais que abalaram as estruturas do continente europeu entre os séculos XVII e XIX.
Esses movimentos foram protagonizados pela burguesia, classe social que adquiriu um papel fundamental para o fim do absolutismo na Europa. Os burgueses eram contra o Absolutismo Monárquico porque o absolutismo e o autoritarismo dos reis absolutistas impedia o desenvolvimento do capitalismo e do comércio, os quais eram desejados pela burguesia.
Dessa maneira, podemos dizer que um dos principais objetivos das Revoluções Burguesas era conquistar o fim do sistema absolutista de governo para instaurar uma política e uma economia liberais nos países europeus.
Além disso, como o próprio termo indica, as Revoluções Burguesas foram múltiplas, ou seja, afetaram diversos países europeus. Dentre os movimentos mais relevantes, podemos destacar a Revolução Puritana, a Revolução Gloriosa e a Revolução Francesa. Esses três eventos aconteceram na França e Inglaterra, mas afetaram todo o continente de diversas maneiras.
A Revolução Puritana, também conhecida como Guerra Civil Inglesa, foi um conflito que aconteceu na Inglaterra, a partir do ano de 1642. O embate envolveu a monarquia e o parlamento do país.
De um lado, o absolutismo, representado pela figura do rei, buscava manter os seus privilégios e a sua hegemonia. Do outro, a burguesia queria conquistar uma maior liberdade econômica, política e jurídica.
A Revolução Puritana terminou em 1651 e provocou a condenação do rei Carlos I à morte, o fim da monarquia absolutista e na instauração de um regime republicano no país.
A Revolução Gloriosa começou no ano de 1688 e provocou a deposição do Rei Jaime II e o início da monarquia constitucional inglesa.
Com o fim da República em 1658, a Inglaterra voltou a ser governada por um rei católico, Jaime II. Com isso, a Igreja Católica retomou os seus cargos de privilégios no país.
Nesse contexto, Maria Stuart, e seu marido, Guilherme de Orange, que moravam na Escócia, foram convidados pelos revoltosos a participarem da conspiração. Isso porque, o casal era protestante, assim como a maioria dos membros do Parlamento.
Com a fuga de Jaime II em 1688, ambos são coroados e tem início uma nova monarquia parlamentar. Contudo, essa não será absolutista, já que com a Declaração dos Direitos, o poder do monarca inglês passa a ser limitado, consolidando o fim do Absolutismo Monárquico no país.
É válido mencionar que o documento foi criado com base nos ideais da burguesia inglesa para implementar os valores liberais e combater o absolutismo no país, que impedia o desenvolvimento econômico dos burgueses.
No século XVIII, a França enfrentava no meio de uma grave crise econômica, causada principalmente pelos gastos excessivos do Absolutismo Monárquico no país.
Outro problema era que o rei Luís XVI se opunha a qualquer tipo de industrialização no país, o que fazia com que a economia francesa fosse pouco desenvolvida e ainda possuísse por aspectos feudais. O rei Luis XVI convoca a Assembleia dos Estados Gerais em maio de 1789. Indignados com a situação e com a indiferença do rei, os membros do Terceiro Estado decidiram convocar uma reunião alternativa para contestar o governo: a Assembleia Nacional Constituinte.
Em 1789, o povo e a burguesia decidiram lutar contra o governo absolutista. No dia 14 de julho, acontece a Tomada da Bastilha e, em agosto do mesmo ano, instaura-se o “Grande Medo”, período em que muitas pessoas foram perseguidas e assassinadas. Porém, quando a República Francesa é proclamada e o rei é condenado à morte, pode-se dizer que a Revolução Francesa atingiu o seu objetivo de colocar um fim ao Absolutismo Francês.