Uma das provas que compõe o conjunto de avaliações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a prova de redação. Essa é a única prova discursiva do exame, gerando em muitos participantes uma certa preocupação quanto ao seu desempenho, pois a prova de redação exige que os participantes do exame dominem uma série de conhecimentos de temas da atualidade, além de conhecimentos linguísticos e textuais.
Nesse sentido, uma das preocupações dos estudantes é dominar as regras da norma-padrão da língua portuguesa, saber empregar elementos coesivos adequadamente e estruturar bem o texto, de acordo com o que é exigido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Inep estabelece cinco competências a serem cobradas na correção da redação do Enem. Essas competências exigem, além de uma boa interpretação do tema, o uso de seu repertório sociocultural e muitos outros elementos. O ideal é compreender cada uma das cinco competências e treinar todos os aspectos nelas descritas, já que cada competência pode valer até 200 pontos. Por isso, apresentamos abaixo um breve resumo sobre essas exigências.
A competência I do Enem diz respeito ao domínio da escrita formal da língua portuguesa. Nesse sentido, o Inep exige que o texto seja escrito de acordo com as regras gramaticais e ortográficas do português. Na avaliação dessa competência, os corretores analisam as estruturas sintáticas, da concordância nominal e verbal, da pontuação e da acentuação das palavras. Portanto, para conseguir a pontuação máxima na competência I o estudante precisa ter conhecimento formal sobre os usos da língua.
Na competência II o Inep exige que o candidato faça uma boa interpretação do tema proposto. Um dos erros cometidos pelos candidatos que prejudicam muito a nota final da redação é a fuga ao tema. A fuga total ao tema pode fazer com que o candidato zere a nota da prova. Nesse sentido, o participante deve interpretar a proposta de escrita com cuidado e de forma restrita para evitar a fuga parcial ou total do tema.
Além disso, a 2ª competência exige que o correto desenvolvimento do tema proposto por meio de texto dissertativo-argumentativo. Desse modo, é preciso também saber compor a redação de acordo com o tipo textual especificado.
A competência III, por sua vez, diz respeito à capacidade de compreensão do tema e de usar repertório sociocultural em argumentação na defesa de um ponto de vista. O avaliador irá analisar se há ou não evidência de um projeto de texto, ou seja, como o participante organizou os argumentos ao longo do texto. Por isso, é preciso selecionar bem ideias, argumentos, fatos, citações etc. Além da organização, a forma como esses elementos foram relacionados também será avaliada.
A competência IV diz respeito aos mecanismos linguísticos para realizar a argumentação. Um dos pontos mais importantes nessa competência é o uso adequado dos elementos de coesão. O avaliador irá analisar a coesão interparágrafo e interfrasal, a repetição de palavras e articuladores e monobloco.
Assim, é preciso estabelecer relação entre todas as partes do texto. O uso de sinônimos também é bem visto pois evita a repetição de vocábulos, tornando o texto mais fluido. O monobloco afeta de forma negativa a nota. Portanto, não esqueça de dar espaço na primeira linha de cada parágrafo para marcar a divisão do texto.
Por fim, na competência V o Inep exige a elaboração de uma proposta de intervenção, em consonância com os direitos humanos. O candidato deve propor uma solução para o tema/problema apresentado em conformidade com a a linha de argumentação desenvolvida ao longo do texto. Uma boa proposta de intervenção é composta por quatro elementos: ação, agente, meio e finalidade.
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