A endometriose é uma doença que afeta 15% das mulheres brasileiras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além de causar transtornos físicos como dores na região pélvica, dificuldade para engravidar e até infertilidade, a endometriose podem também ser gatilho para o desenvolvimento de doenças mentais.
Isso porque, mulheres que sofrem de endometriose acabam se isolando socialmente, devido aos seus fortes sintomas e consequências, inclusive, porque a condição pode impactar os planos futuros, como por exemplo, o de ter filhos.
Entre as principais recorrências dos transtornos mentais, a depressão e ansiedade são os mais frequentes, inclusive, alguns trabalhos na literatura médica indicam que até 60% das portadoras de endometriose são afetadas por estas condições.
Segundo especialistas de saúde mental, o fato da endometriose em alguns casos gerar limitações nas atividades diárias, alterando desde a rotina do trabalho ao lazer; acaba elevando a possibilidade de desenvolver uma depressão ou ansiedade.
Ademais à limitação física ocasionada pela dor, o fato da endometriose estar associada à infertilidade faz essas mulheres se sentirem impotentes e sem expectativas futuras em relação à maternidade. Esta frustração é um forte gatilho para o desenvolvimento dos transtornos emocionais.
Outro fator que gera sofrimento é a falta de um diagnóstico preciso. A inacessibilidade de exames específicos e atendimento de qualidade acabam dificultando a confirmação desta condição, que quando não tratada, pode interferir diretamente na qualidade de vida das mulheres.
A falta de um diagnóstico preciso, muitas vezes está relacionada à negligência de profissionais da saúde que não conhecem a doença, como também, de pacientes que associam os sintomas a outras condições, como uma cólica menstrual, por exemplo.
Entre os principais sintomas da endometriose, especialistas alertam as mulheres para realizar uma avaliação médica em casos de:
Ignorar estes sintomas pode ocasionar no agravamento do quadro, que leva até a infertilidade da mulher.
Diante disto, buscar um diagnóstico aos primeiros sinais da endometriose aumenta as chances de reverter à condição de forma eficiente e efetiva.
A endometriose não tem idade para surgir podendo acometer desde adolescentes até mulheres mais velhas.
Entres os tratamentos desta condição, o uso de medicamentos e até cirurgias estão entre os mais utilizados, como introdução de anticoncepcionais hormonais e procedimentos cirúrgicos feitos laparoscopicamente, que garantem a retirada das lesões de endometriose.
As cirurgias para tratamento da endometriose podem, inclusive, implicar na retirada parcial ou integral de um órgão.
Vale destacar, que quanto mais sedo for iniciado o tratamento, mais chances a mulher têm de preservar seu sistema reprodutivo, visto que a endometriose pode começar de um determinado ponto e invadir outras áreas do corpo.
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