O profissional que tomou a decisão de trabalhar como freelancer ou autônomo, deixando de lado a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), deve ficar atento a algumas questões. Uma delas é relacionada a precificação de seu novo serviço, ou seja, quanto cobrar por seu trabalho.
O fato é que o freelancer ou o trabalhador autônomo deve se organizar financeiramente, visto que não irá contar mais com um salário certo no final do mês, quando possuía uma carteira assinada. Isso se deve ao fato de que sua renda passará a ser variável, principalmente no início de suas atividades.
Todavia, o trabalhador poderá ter sucesso em sua empreitada ao investir em suas habilidades e aptidões, buscando se destacar no mercado como um profissional eficiente e produtivo. Muitas vezes o freelancer cobra por hora de serviço, em algumas ocasiões pelo tipo de projeto e por sua expertise no assunto.
Quem está iniciando no seu trabalho como profissional autônomo ou freelancer pode realizar uma análise da concorrência para calcular o valor de seu trabalho. Ademais, vale ressaltar que leva tempo até que o profissional garanta uma melhor posição no mercado, podendo cobrar por valores mais altos. Veremos o que fazer:
A princípio, tenha em mente o quanto ganharia por hora se estivesse trabalhando com carteira assinada. Observe o seu nível profissional e procure por informações no mercado, de quanto cobra a sua categoria. Divida o valor total do salário fixo pelo número de horas mensais trabalhadas como funcionário.
Muitos freelancers no início de carreira não estimam os custos envolvidos em seu trabalho. Aliás, o indicado é colocar no papel seus gastos com luz, internet, imposto, material de escritório, aluguel de coworking, transporte para reuniões e atendimento aos clientes. As despesas que envolvem a sua atividade devem ser consideradas.
Um erro comum de pessoas que estão trabalhando como autônomos é a precificação de seu serviço sem observar quanto cobram os seus concorrentes. Deve-se ter em mente os valores praticados por outros profissionais e até por empresas especializadas. O importante é buscar valorizar o seu trabalho.
Após uma maior experiência no trabalho como freelancer, é normal ter um valor médio para o seu serviço. No entanto, existem projetos mais complexos, que requerem conhecimentos específicos e que devem ser cobrados de uma maneira diferenciada. O indiciado é fazer um orçamento que seja justo para ambas as partes.
A questão da precificação de seu trabalho deve ser vista como uma jornada. É preciso investir em suas habilidades pessoais e técnicas, de modo a aumentar o seu valor agregado. Não é simplesmente aumentar o preço de uma hora para a outra. Deve-se obter formas de garantir uma atividade que garanta um ganho para o contratante.
Entretanto, não é preciso ter medo de aumentar o preço de seus serviços. O mercado está acostumado a variação dos valores relacionados aos trabalhos de freelancers e profissionais autônomos. Uma boa dica é testar o seu preço. É uma maneira de descobrir os valores tratados por seu público alvo.
Outra estratégia é diversificar o valor de seu serviço de acordo com o tipo de contratante. Observe se é uma pessoa jurídica, de porte menor ou maior, ou mesmo uma pessoa física. O importante é dar seu preço sem ter o receio de perder uma oportunidade. Aos poucos você constrói um caminho de sucesso.
O freelancer e o profissional autônomo que, ao iniciar seus trabalhos, vêm a precificação de seus serviços como um desafio, pois a falta de experiência pode ser um grande empecilho. Porém, é possível utilizar métodos diferentes e buscar meios de obter uma valorização como trabalhador através de cursos, palestras e workshops relacionados à sua área de atuação.
Também é indicado realizar um trabalho eficiente e qualificado, visto que a propaganda boca a boca pode ajudar a conquistar novos clientes. O importante é se orientar para saber se está cobrando o valor correto, para mais ou para menos. Em conclusão, quanto maior a competência do profissional, maior pode ser seu preço.