O estabelecimento do afastamento das pessoas em decorrência da quarentena necessária por causa da pandemia do novo coronavírus afetou todas as esferas da sociedade e os efeitos da quarentena na educação já podem ser sentidos.
Muitas mudanças já foram estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) no sentido de amenizar o impacto que a suspensão das aulas presenciais em todo o país pode causar no ensino. Contudo, inegavelmente, os efeitos negativos da quarentena já podem ser sentidos pelos estudantes, pelos profissionais da educação e pelas instituições de ensino.
O primeiro efeito para o qual chamamos atenção é sobre a questão da alimentação adequada. Milhões de crianças, adolescentes e jovens do ensino básico da rede pública têm a merenda escolar como uma das principais refeições diárias, quando não é a principal delas.
Nesse sentido, muitos alunos já foram afetados com a falta dessa alimentação, mesmo com a continuidade dos repasses por parte do MEC.
Além disso, considerando as escolas particulares de pequeno e médio porte, a pandemia fez surgir o risco de fechamento de muitas dessas instituições de ensino.
Desse modo, mesmo após o retorno das aulas presenciais, há a possibilidade de ocorrer uma série de demissões de profissionais da educação, além da possibilidade de muitos estudantes ficarem desassistidos e sem escola.
Os estudantes do ensino médio, especialmente os concluintes, ainda sofrem com o agravante de não terem tempo hábil de formação e preparação para diversos vestibulares, bem como para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Nesse sentido, muitas entidades ainda pressionam o Inep para que as datas do Enem 2020 sejam ajustadas ao final do ano letivo, com o objetivo de não prejudicar tanto os estudantes.
Já no ensino superior os problemas são outros. O afastamento dos estudantes das universidades, faculdades e institutos afetou muitas pesquisas científicas, especialmente aquelas que dependem de laboratórios para a sua realização. Muitas atividades estão paralisadas, afetando a continuação de mestrados e doutorados, por exemplo.
Desse modo, estudantes de graduação e pós-graduação que ainda recebem bolsas para o desenvolvimento da pesquisa correm o risco de perder o apoio das instituições de fomento.
Estes são alguns dos efeitos da pandemia na educação no Brasil, contudo, há muito mais fatores em jogo. O que evidencia, assim, a necessidade de pensar em alternativas para solucionar ou amenizar estes problemas a médio e longo prazo.
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