Houve uma época em que era impensável encontrar uma mulher estudando em uma escola, por exemplo. Tudo porque foram 327 anos — de 1500 a 1827— que a educação brasileira era permitida somente a homens. Se não fosse a luta de centenas de mulheres por direitos básicos, muitas contribuições sociais, culturais e científicas à humanidade não seriam possíveis. Na Educação, muitas mulheres transformaram e continuam transformando a área. Conheça três delas a seguir:
Dorina Nowill perdeu a visão aos 17 anos, vítima de uma doença não diagnosticada. Como primeira aluna cega em um curso regular, ela colaborou para a elaboração da lei de integração escolar. Em 1946, Dorina criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil e, dois anos depois, fundou a primeira imprensa Braille em grande escala do país, que imprimia livros didáticos e outros documentos — e é hoje uma das maiores do mundo. Preocupada em oferecer o melhor às pessoas com deficiência visual, Dorina sempre lutou pelas aberturas de vagas para elas no mundo do trabalho.
Gina Vieira Ponte é uma professora brasiliense que criou o projeto “Mulheres Inspiradoras”, que incentiva na sala de aula a leitura de grandes autoras da literatura mundial e brasileira. O pontapé inicial foi quando Gina percebeu que os principais referenciais femininos de adolescentes e crianças eram construídos a partir de estereótipos apresentados pela grande mídia. ?????
Débora Seabra, a primeira educadora com síndrome de Down do Brasil, nunca deixou de lutar por seus sonhos. Ela chegou a fazer greve para não entrar na sala de aula enquanto não fosse aceita como igual no curso de magistério. Débora já viajou pelo Brasil e outros países para dar palestras sobre o combate ao preconceito na sala de aula. Em 2013, ela lançou seu primeiro livro, o “Débora Conta Histórias”, abordando fábulas infantis que tratam a tolerância, o respeito e a amizade.