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EDITAL para construção de 25 NAVIOS será lançado em Janeiro pela Transpetro

A Transpetro, subsidiária da Petrobras, planeja lançar em janeiro um edital para a criação de 25 novos navios, elevando assim a força da frota nacional. A informação foi divulgada por Sérgio Bacci, o atual presidente da empresa, durante o evento Navalshore 2023 realizado no Rio de Janeiro.

Objetivos do projeto de ampliação

Os principais objetivos deste projeto são:

  1. Atender a Petrobras de maneira prioritária;
  2. Reduzir despesas com fretamento;
  3. Fortalecer o papel da Transpetro no ressurgimento da indústria naval brasileira.

Bacci ressaltou a necessidade de uma política de Estado de longo prazo para fortalecer a indústria. Esta política deve incluir linhas de crédito acessíveis, regras apropriadas para conteúdo local e encomendas perenes tanto públicas quanto privadas.

Estamos desenvolvendo, em parceria com a Petrobras, o programa TP 25, que prevê a contratação de pelo menos 25 navios para cabotagem, apoiando assim a geração de encomendas de médio e longo prazo no Brasil“, explicou Bacci.

A estratégia de negócios da Transpetro

A Transpetro busca usar sua expertise em logística para estimular potenciais parcerias e buscar novos negócios. Atualmente, a empresa está em negociações para assinar seu primeiro memorando de intenções internacional com a Suriname’s National Energy, Oil and Gas Company (Staatsolie). Esta estatal do Suriname está avaliando as possibilidades de negócios com a Transpetro.

O papel da Transpetro na logística global

A Transpetro pode ser um ator importante para ajudar países que estão se desenvolvendo na área logística.

Vamos buscar novos clientes no Brasil ou no exterior. Estamos conversando com representantes da Argentina e da Guiana, entre outros países“, declarou Bacci.

A construção dos 25 navios é um passo significativo na expansão dos negócios da Transpetro, tanto em território nacional quanto internacional. A empresa está focada em fortalecer a indústria naval brasileira, tornando-a mais competitiva no cenário global.

O anúncio da Transpetro é um marco importante para a indústria naval brasileira. A expansão da frota com 25 novos navios é uma clara demonstração do compromisso da empresa em fortalecer a indústria naval do país.

Além disso, a busca por novas parcerias e negócios internacionais é um sinal positivo para o futuro da Transpetro e da indústria naval brasileira como um todo.

Transpetro também investe na eficiência energética e descarbonização

Jones Soares, diretor de Transporte Marítimo, Dutos e Terminais da Transpetro, apresentou recentemente o plano da empresa para decarbonizar sua frota de 36 navios.

Já aplicamos tecnologias que tornam a nossa frota uma das mais verdes do mundo e temos vários projetos em estudo“, afirmou Soares.

A empresa aplica uma tinta de alta tecnologia em seus navios que ajuda a evitar a incrustação no casco. Isso não apenas reduz o consumo de combustível, mas também as emissões de gases de efeito estufa.

Outro projeto em andamento é o uso de algoritmos para otimizar a rota dos navios. Essa tecnologia ajuda o comandante a escolher a rota mais eficiente, economizando ainda mais energia.

Abastecimento de bunker renovável

A Transpetro realizou o primeiro abastecimento de bunker com conteúdo renovável do país. O novo combustível é uma mistura de 90% de bunker de origem mineral e 10% de biodiesel.

Tivemos ótimos resultados e sem necessidade de mudanças na estrutura do navio. O percentual estimado de redução de emissões de CO2 equivalente dessa mistura é de cerca de 7%“, comemorou Soares.

Energia solar em terminais

A Transpetro não está apenas investindo em uma frota mais verde, mas também está explorando a decarbonização em suas áreas de negócios de dutos e terminais.

Um dos projetos em andamento é a implantação de uma usina de energia solar no Terminal de Guarulhos (SP). Prevista para começar a operar em janeiro de 2024, a usina gerará 4,1 milhões de megawatts-hora.

A empresa também está estudando a instalação de Energia Marítima Alternada, que ajuda a reduzir a poluição do ar gerada pelos geradores a diesel dos navios, substituindo-os por energia elétrica terrestre.