As vendas nos shoppings centers de todo o país tiveram um resultado positivo no segundo trimestre do ano. A princípio, houve um aumento de 38%, em relação ao ano anterior, nas transações comerciais neste tipo de estabelecimento. O fluxo de pessoas nos centros comerciais teve uma alta expressiva, de 59%.
Em média, os brasileiros gastaram nos shopping centers, durante o período, cerca de R$126,27, o mesmo valor do primeiro trimestre. Na comparação com 2019, antes da pandemia, a alta das vendas foi de 4,3%. Ademais, estas informações foram divulgadas pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) na quarta-feira (17/08).
Todavia, o crescimento das transações comerciais feitas em shopping centers de todo o país é um reflexo do retorno do público a estes centros comerciais. No auge da pandemia, os estabelecimentos fecharam, houve o lockdown, onde as pessoas não saíam de casa, o que trouxe um grande prejuízo ao setor. Agora, com a crise da covid se tornando mais branda, há um retorno do público para estes locais.
Os gastos dos brasileiros nos shoppings center se deram em sua maioria na aquisição de produtos e serviços. Aliás, os resultados positivos mostram uma recuperação do setor, indicando uma maior sustentabilidade para os centros comerciais, grandes geradores de emprego.
A expectativa para uma melhora do setor econômico no segundo semestre é alavancada pelas datas comemorativas, como dia das crianças, dos pais, Black Friday e natal. Em síntese, espera-se que haja um aumento significativo das vendas nos shoppings centers nestes períodos.
O aumento das vendas não está relacionado apenas aos shoppings centers. As compras online movimentaram no primeiro semestre de 2022, cerca de R$73,5 bilhões. É uma alta de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em suma, espera-se que para o segundo semestre se negocie R$91,5 bilhões.
Caso o crescimento do setor de vendas se concretize, poderão ser negociados no ano, um valor de R$165 bilhões de faturamento. Mesmo com números positivos, a expectativa no início do ano era de uma movimentação financeira de R$169,6 bilhões. Um maior desenvolvimento para o setor esbarra na alta dos juros básicos da economia e no aumento do frete.
Outro fator que influencia no crescimento do setor de vendas em todo o país, está relacionado à baixa confiança do consumidor, relativo ao momento de crise financeira na qual o país está imerso. Desse modo, o consumidor teve uma perda de renda, ocasionado pela alta inflacionária e com o aumento das dívidas das famílias.
Em relação ao primeiro semestre, as vendas online, principalmente as realizadas em plataformas de e-commerce, cresceram em média 45%. O setor vem tendo bons resultados, principalmente pelo fato de que com a pandemia, as pessoas não saíam de casa e passaram a comprar produtos e serviços pela internet.
Produtos como vestuário e acessórios tiveram um grande peso no crescimento das vendas online. Eles respondem por 38% das negociações utilizando a internet. O volume de pedidos teve um crescimento de 52% na comparação com 2021. As lojas de departamentos, eletrônicos, beleza, cuidados pessoais merecem destaque.
A região sudeste apresentou números importantes no setor de vendas online. No primeiro semestre de 2022 houve uma alta de 4,97%, em relação ao mesmo período do ano passado. A categoria obteve um crescimento de seu faturamento de 0,76%, de acordo com o índice MCC-eNET, que faz um acompanhamento do desempenho do comércio varejista online brasileiro.
De acordo com a Associação Brasileira do Varejo (ABV), as datas comemorativas e a Copa do Mundo deverão aquecer o setor de vendas de todo o país. Espera-se que haja um crescimento de 12% no período em relação ao início do ano. O setor varejista procura uma retomada do crescimento das vendas, retornando ao mesmo patamar anterior à pandemia.
O fato é que a crise causada pela covid proporcionou uma retração econômica nos últimos dois anos. Todavia, com o abrandamento das medidas impostas para reprimir o vírus, há uma possibilidade do setor voltar a se desenvolver. Há uma perspectiva positiva para o futuro próximo.
Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última Pesquisa Mensal do Comércio deste ano, o comércio varejista apresentou uma alta de 2,3% até abril. Em suma, as empresas do setor, como os shopping centers, aos poucos estão retomando as suas atividades.