Periodicamente, o Banco Central do Brasil (BCB) atualiza dados relevantes sobre os resultados fiscais. Confira apontamentos realizados na data desta publicação, 30 de novembro de 2022.
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), o setor público consolidado registrou superávit primário de R$27,1 bilhões em outubro de 2022, ante superávit de R$35,4 bilhões em outubro de 2021.
O Governo Central e as empresas estatais apresentaram na ordem, superávits de R$30,2 bilhões e de R$711 milhões, e os governos regionais, déficit de R$3,9 bilhões. Nos doze meses encerrados em outubro, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$173,1 bilhões, equivalente a 1,82% do PIB.
Além disso, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$41,6 bilhões em outubro de 2022, comparativamente a R$60,4 bilhões em outubro de 2021, segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
O aumento foi influenciado pelo resultado das operações de swap cambial (ganho de R$12,8 bilhões em outubro de 2022 e perda de R$12,9 bilhões em outubro de 2021). Nos doze meses acumulados até outubro, os juros nominais somaram R$573,2 bilhões (6,03% do PIB), comparativamente a R$378,3 bilhões (4,44% do PIB) nos doze meses até outubro de 2021, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$14,5 bilhões em outubro de 2022. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$400,1 bilhões (4,21% do PIB), reduzindo-se 0,15 p.p. em relação ao déficit acumulado até setembro de 2022.
Segundo atualização do Banco Central do Brasil (BCB), a DLSP atingiu 58,3% do PIB (R$5,5 trilhões) em outubro, mantendo-se estável em relação ao mês anterior (58,3% do PIB). A DBGG – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 76,8% do PIB (R$7,3 trilhões) em outubro de 2022, redução de 0,3 p.p. do PIB no mês, segundo destaca a divulgação oficial.
O Banco Central do Brasil (BCB) informa que essa evolução decorreu, principalmente, do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,7 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (-0,1 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.) e do efeito da valorização cambial (-0,1 p.p.).
A metodologia de cálculo das elasticidades da DLSP e da DBGG à taxa de câmbio foi aprimorada, visando refletir melhor o impacto do resultado das operações com swap cambial realizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), destaca a instituição.