A economia global prossegue em trajetória de recuperação, ainda que com elevada volatilidade e grande dispersão setorial e entre países, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em seu último Relatório Oficial de Inflação.
Dessa forma, à medida que a recuperação vai se consolidando, e as medidas extraordinárias de suporte à economia global são moderadas, as taxas de crescimento tendem a se normalizar em patamares mais baixos, compatíveis com os padrões históricos, ressalta a instituição.
Não obstante, novas ondas de Covid-19, o surgimento de novas variantes e anúncios de medidas de restrição à mobilidade anunciadas recentemente, ainda que localizadas em alguns países ou regiões, evidenciam que o cenário prospectivo para o crescimento e inflação ainda estão condicionados à evolução da pandemia.
Sendo assim, a divergência na evolução da atividade econômica persiste entre países e entre setores. De modo geral, a recuperação da atividade prossegue mais vigorosa em países onde mantêm-se os suportes fiscal e monetário, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB).
Contudo, com o avanço acelerado na vacinação, incluindo a aplicação de doses de reforço, a maioria dos países prosseguiu com a reabertura das atividades econômicas paralisadas durante a pandemia, favorecendo a retomada do consumo, em particular no setor de serviços.
No entanto, com a dificuldade de alguns países avançados em atingir patamares mais elevados de cobertura vacinal, a redução da eficácia das vacinas com o passar do tempo e o atraso da vacinação em partes dos países emergentes, esse processo de retomada está sujeito a interrupções e descontinuidades, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Nos Estados Unidos da América (EUA), a recuperação econômica se consolidou, estimulada por condições financeiras ainda favoráveis, avanço na reabertura da economia e continuação de alguns programas de suporte à renda, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
O ritmo de recuperação apresentou moderação no terceiro trimestre em relação ao primeiro semestre, refletindo a concentração das transferências fiscais no início do ano, mas o quarto trimestre se inicia com sinais de melhora na atividade.
Dessa forma, o mercado de trabalho segue se recuperando, principalmente no setor de serviços. O número de empregados tem aumentado paulatinamente, com a taxa de desemprego atingindo 4,6% em outubro/21.
A taxa de participação segue distante do período pré Covid, refletindo em grande parte a dificuldade das pessoas em retornar ao mercado de trabalho diante da pandemia e a aceleração no ritmo de aposentadorias. O aumento do ritmo de contratações combinado à oferta ainda abaixo do nível pré-pandemia tem gerado dificuldades de contratações em alguns setores e aumento de pressões salariais, o que pode exercer pressão adicional sobre os preços, corroborando a elevação da inflação.
O Banco Central do Brasil (BCB) objetiva demonstrar em relatório oficial os impactos da Covid 19 em países com diferentes economias. O documento oficial foi divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB) na data desta publicação (17/12), sendo possível conferir as análises na íntegra através da plataforma oficial da instituição.