Direitos do Trabalhador

Economia: Brasil gerou mais de 278,6 mil empregos formais em agosto

De acordo com as Estatísticas  Mensais do Emprego Formal (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, no mês de agosto de 2022, o Brasil registrou a criação de 278.639 empregos formais em todo o seu território. A princípio, foram contabilizadas 2.051.800 admissões e 1.773.161 demissões de trabalhadores com carteira assinada.

Os empregos formais no país chegaram a 42.531.653 em agosto, um aumento de 0,66%. As cinco principais atividades econômicas apresentaram um saldo positivo. Ademais, o setor de serviços criou  141.113 postos. A indústria contou com 52.760 vagas, o comércio com 41.886,  a construção, com mais 35.156 e a agricultura com 7.724.

Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, é o terceiro mês consecutivo que o setor industrial apresenta um saldo positivo, o que contribui para o aumento da renda da população brasileira. Para ele, possivelmente haverá uma elevação da média salarial dos trabalhadores.

No entanto, em relação a agosto de 2021, o cenário apresentou uma piora. No período, foram criados 388.267 empregos formais. Todavia, em 2020, no ápice da crise sanitária causada pela covid-19, houve a contratação de 238.125 profissionais com carteira assinada no mês referente.

Estatísticas sobre empregos formais

As estatísticas do Caged estão relacionadas apenas com a geração de empregos com carteira assinada, ela não inclui o trabalho informal. Aliás, por essa razão, os números relacionados ao desemprego no país se diferem em relação a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Analogamente, o Caged coleta as informações e dados das empresas que se constituem no setor privado com carteira assinada. Já a Pnad obtém suas informações através de uma pesquisa domiciliar, e leva em conta todo o setor informal da economia brasileira.

Informações regionais

De acordo com a pesquisa, todos os setores econômicos do país e todas as regiões da federação apresentaram um aumento no número das contratações com carteira assinada em agosto deste ano. No sudeste foram abertas 137.759 vagas, no nordeste 66.009, no sul 35.032, no centro-oeste: 21.515 e no norte 18.171.

Em relação ao salário mínimo admissional, ele ficou em R$1.949,84 em agosto deste ano, um pouco maior do que julho, quando estava estipulado em R $1.920,57. O Ministério do Trabalho informou que os valores dos rendimentos de quem trabalha com carteira assinada vem crescendo no segundo semestre de 2022.

No acumulado do ano, foram criados 1,85 milhões de novos postos de trabalho formais no país. Em comparação com o mesmo período de 2021 os números apresentaram uma queda, visto que na época, houve a abertura de cerca de 2,17 milhões de empregos com carteira assinada.

Trabalhadores informais no país

No segundo trimestre de 2022 o IBGE, através de sua Pnad contínua, apontou que 40% dos trabalhadores brasileiros estavam atuando na informalidade. Este tipo de profissional não tem nenhum direito trabalhista, como férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ou benefícios do INSS.

O emprego informal aquele serviço de profissionais sem carteira assinada, empregadores sem registro de CNPJ, autônomos, etc. A informalidade está presente principalmente em setores como comércio, serviços, indústria e trabalhos prestados a todo tipo de empresas.

Vale ressaltar que das 27 unidades da federação, 11 registram taxas de informalidade superiores a 50%. Em destaque podemos citar o Pará, com 61,8%, o Maranhão com 59,4% e o Amazonas com 57,7%. Os três menores índices de informalidade foram em Santa Catarina, com 27,2%, Distrito Federal com 31,2% e São Paulo com 31,1%.

Microempreendedores

De acordo com dados do Sebrae acerca dos microempreendedores individuais (MEI) de todo o país, 45% dos novos empresários têm uma renda mensal de no máximo um salário mínimo. Outros 27% obtêm ganhos de dois salários no mês.

No final de 2021, o número de MEIs no Brasil chegou a 26 milhões. Nove em cada dez empreendimentos não têm funcionários. Dessa maneira, 90% trabalham por conta própria. Eles desenvolvem todas as funções dentro da empresa, desde o investimento inicial, até a prestação de serviços.