A moeda digital brasileira, DREX, desenvolvida pelo Banco Central, está atualmente em fase de testes. A princípio, ela será utilizada com o objetivo de tornar as operações comerciais muito mais fáceis e práticas, no momento em que a nova tecnologia estiver à disposição da população brasileira, com inúmeros benefícios.
Analogamente, o DREX também trará outras vantagens a seus usuários, como por exemplo, a possibilidade de ser uma opção dos consumidores, na hora do pagamento na compra de imóveis. Quem falou sobre a tecnologia e seus benefícios foi o coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital do Banco Central, Fábio Araújo.
Desse modo, Fábio Araújo diz que “o DREX facilita as trocas entre moedas, e aí as trocas comerciais vão a reboque, porque você tem um preço melhor definido para os ativos dos países”. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirma ainda que é contra o uso de moedas comuns no comércio entre os países.
Aliás, Neto diz que essa é uma ideia do passado, que se trata de uma demanda que não existe atualmente. Para ele, com o avanço dos pagamentos digitais e suas tecnologias inovadoras, não é mais preciso a instituição de uma moeda comum, com o objetivo de aumentar a eficiência de negociações comerciais no mundo.
De acordo com o Banco Central, no momento em que o DREX estiver em pleno funcionamento, será possível aumentar a democratização do acesso aos cidadãos brasileiros, aos serviços financeiros. Além disso, o custo das operações deve cair drasticamente com a utilização da moeda digital e seus sistemas tecnológicos.
Fábio Araújo diz que existe atualmente uma grande restrição relacionada ao acesso ao crédito e investimento pela população brasileira. Para ele, através da tecnologia, será possível aumentar as oportunidades de investimentos, que vão muito além da caderneta de poupança, beneficiando milhões de pessoas em todo o país.
Para o coordenador do Banco Central, as pessoas poderão utilizar a moeda digital de uma forma ágil, simples e eficiente. Sendo assim,o cidadão terá acesso ao crédito mais barato, enfrentando muito menos burocracia. Fábio Araújo diz que o DREX impactará nas negociações entre moedas que não são aceitas no exterior.
Dessa forma, segundo Fábio Araújo, atualmente há uma troca direta nas negociações comerciais envolvendo o Brasil e a China, sem a intermediação do dólar. O país asiático é o principal parceiro comercial brasileiro, seguido depois da Argentina, que também negocia com nosso país utilizando as suas moedas locais.
O coordenador do Banco Central também falou que as negociações comerciais são feitas entre nações que não possuem uma moeda forte, que são menos aceitas no resto do mundo. Existem algumas diferenças de preços que dificultam as operações comerciais. Nestes casos, utiliza-se amplamente o dólar, encarecendo o produto.
Fábio Araújo, sobre as negociações, ressalta que, “Hoje os mercados estão todos segmentados, então é difícil encontrar quem está operando com essa moeda. Tem um preço em um mercado, outro preço em outro. Eu não sei em qual mercado eu vou, preciso ter um correspondente específico em cada um dos mercados”.
Ademais, com a utilização de moedas digitais, como o DREX, por exemplo, a utilização da tecnologia irá permitir que as diferentes moedas convivam dentro de uma mesma plataforma. Sendo assim, a formação de preço ficará mais simples, mesmo entre as moedas que neste momento não possuem liquidez internacional.
Através da tecnologia inovadora das moedas digitais, não será preciso mais utilizar uma terceira moeda, como o dólar. Isso tornará as operações comerciais muito mais baratas. Para Fábio Araújo, com o DREX, será possível conectar os mercados facilmente, buscando um preço comum, já que a moeda apresenta uma grande liquidez.
Roberto Campos Neto em uma palestra recente, neste ano, disse que os custos relativos à contratação de registros, na compra e venda de imóveis, será bem mais baixo, quando o DREX estiver sendo utilizado no futuro. Para ele, as pessoas irão querer comprar com a moeda digital, visto que irá baratear os valores.
Em conclusão, o presidente do Banco Central afirmou que atualmente o sistema é caro e ineficiente no Brasil. Ele fala sobre os chamados contratos inteligentes, que são auto executáveis, com muito menos burocracia e sem intermediários. Eles são feitos através da tecnologia Blockchain, com registros em milhares de computadores.