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Dólar SOBE e chega ao maior patamar desde JUNHO; veja cotação

O dólar subiu pela segunda vez consecutiva e chegou ao maior nível em quase quatro meses. A sessão ficou marcada pela repercussão em torno da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Nesta terça-feira (26), a moeda norte-americana teve alta de 0,69% e fechou o dia cotada a R$ 4,9870. Esse é o patamar mais elevado do dólar desde o dia 1º de junho, quando a divisa encerrou a sessão cotada a R$ 5,0053.

Vale destacar que, nesse período, o dólar não alcançou a faixa de R$ 5,00, mas isso poderá acontecer nesta semana, caso a moeda continue avançando em relação ao real.

Com o acréscimo desse resultado, o dólar passou a acumular uma alta de 0,75% em setembro. Contudo, no acumulado de 2023, a divisa segue no campo negativo, registrando uma queda de 5,51% no ano.

Ata do Copom repercute

Na sessão de hoje (26), os investidores repercutiram a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). De acordo com o documento, a queda dos juros no Brasil não deverá se intensificar nos próximos encontros do comitê.

O comitê seguiu avaliando que, entre as possibilidades que justificariam observarmos expectativas de inflação acima da meta estariam as preocupações no âmbito fiscal, receios com a desinflação global e a possível percepção, por parte de analistas, de que o Copom, ao longo do tempo, poderia se tornar mais leniente no combate à inflação“, informou o documento.

Em suma, o Copom informou que os riscos fiscais do Brasil ainda são muito elevados. Além disso, os diretores do comitê acreditam que a execução das metas fiscais estabelecidas pelo governo federal poderá ajudar a reduzir as expectativas em relação à inflação.

Portanto, o comitê acredita que essa política monetária contracionista será suficiente para os próximos meses no Brasil.

Decisão do Copom sobre a taxa de juros no Brasil afeta cotação do dólar. Imagem: Pixabay.

Banco Central reduz juros no Brasil

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic. Em síntese, a decisão ainda repercute entre os investidores, que estão analisando os impactos da redução dos juros no país, algo que levará mais algum tempo.

A propósito, a taxa de juros dos países influencia a entrada de recursos de investidores. Isso acontece porque, quanto maiores os juros, mais enfraquecida tende a ficar a economia do país, uma vez que os juros aumentam o custo de vida, promovendo uma redução do poder de compra do consumidor, o que provoca um desaquecimento econômico.

Por outro lado, os juros elevados aumentam o rendimento dos títulos nacionais. Como os juros estão caindo no Brasil, os investidores acabam buscando ativos com maior atratividade, e isso enfraquece o real ante o dólar.

Vale destacar que os juros enfraquecem a economia. Por isso, a sua redução tende a fortalecer a atividade do país. Inclusive, as projeções para a economia brasileira em 2023 estão cada vez mais otimistas.

Com uma atividade mais fortalecida, o Brasil passa a ser visto como uma nação mais segura, e os investidores tendem a alocar seus recursos no país, trazendo mais dólar e impulsionando a economia. Contudo, isso não aconteceu neste pregão.

Prévia da inflação vem abaixo do esperado

Nesta terça-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro. A saber, o indicador é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.

Neste mês, o IPCA-15 subiu 0,35%, acelerando em relação à taxa de agosto, quando a prévia havia subido 0,28%.

Apesar do avanço, o IPCA-15 veio abaixo do esperado pelo mercado. Em síntese, a mediana das projeções dos analistas indicava uma variação de 0,36% no mês, mas a prévia da inflação veio levemente menor.

Esse dado influencia o dólar, uma vez que a inflação afeta diretamente os juros no Brasil, que, consequentemente, impactam o mercado de câmbio. O resultado abaixo do esperado é muito positivo para o real.

Federal Reserve mantém juros estáveis nos EUA

Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, manteve estável a taxa de juros no país, o que já era esperado pelo mercado.

A decisão não foi unânime, visto que alguns diretores do Comitê de Política Monetária do Fed votaram a favor de uma elevação de 0,25 ponto percentual dos juros. Entretanto, a maioria dos diretores optou pela manutenção da taxa, e essa foi a decisão do Fed, que não alterou os juros.

Apesar de não ter elevado os juros, a taxa está no maior patamar em mais de 20 ano. nos EUA. Por ora, o banco central decidiu aguardar mais um pouco para analisar os próximos dados relacionados à atividade econômica dos EUA, bem como o desempenho de outros indicadores, como taxa de desemprego e inflação, mas o banco não descartou a possibilidade de aumentar os juros ainda em 2023.