Saúde e Bem Estar

Qual a diferença entre depressão maior e depressão persistente?

Muitas pessoas têm dúvidas com relação à real diferença entre depressão maior e depressão persistente. Afinal, ambas dizem respeito a um transtorno de humor relacionado aos sintomas depressivos. Porém, existem diferenciações que devem ser levadas em conta na hora de compreender cada situação. Isso porque a intensidade e persistência dos sintomas é uma das principais diferenças entre ambas. A seguir, damos mais detalhes explicativos sobre isso. Continue lendo.

Qual a diferença entre depressão maior e depressão persistente?

Entender a diferença entre depressão maior e depressão persistente pode ajudá-lo a ter uma visão mais clara do que cada diagnóstico significa. Dessa maneira, é possível aprender um pouco mais sobre as questões relacionadas à saúde mental dos indivíduos. Vejamos a diferenciação:

Depressão maior

A depressão maior pode ser caracterizada como um episódio agudo de sintomas depressivos, que podem acontecer de forma recorrente ou uma única vez na vida do indivíduo. Nesse tipo de depressão, os sintomas perduram por cerca de duas semanas, aproximadamente. Dentre eles, podemos citar:

  • Falta de interesse por atividades que antes considerava prazerosa.
  • Sentimento profundo de tristeza e vazio existencial.
  • Baixa autoestima e sentimentos de desvalia.
  • Sentimento de culpa.
  • Fadiga.
  • Ideações suicidas.
  • Alterações no sono e no apetite.

Depressão persistente

A depressão persistente consiste na presença de sintomas depressivos por, pelo menos, dois anos. Isto é, trata-se de um caso mais prolongado e que pode, inclusive, ser considerado crônico. No entanto, os sintomas, neste caso, costumam ser mais leves do que aqueles sentidos na depressão maior. Isso significa que o humor deprimido faz parte de ambas as situações, mas, no caso da depressão persistente – também chamada de distimia -, os sintomas são mais leves. Dentre eles, podemos encontrar os seguintes sinais:

  • Perda de interesse por atividades diversas.
  • Humor deprimido na maior parte do dia, durante anos.
  • Baixa autoestima.
  • Falta de energia e fadiga recorrente.
  • Dificuldades relacionadas à qualidade do sono.

Perceba que, no caso da depressão maior, estamos diante de um quadro mais curto, porém, mais intenso. Já a depressão persistente é um quadro prolongado, mas que pode ser um pouco mais leve. Porém, não entenda leve como “mais fácil”, pois a depressão persistente pode impactar expressivamente a qualidade de vida do sujeito, por isso, buscar tratamento é essencial.

Como é o tratamento nos dois casos? É a mesma coisa?

O tratamento para depressão consiste na combinação de psicoterapia com medicamentos – quando estes são necessários e prescritos pelo psiquiatra. No entanto, isso não quer dizer que é “a mesma coisa” em todos os casos. Primeiro porque há diferença entre depressão maior e depressão persistente, segundo porque quando pensamos em saúde mental, também estamos pensando em singularidades.

O que isso significa na prática? Significa que um tratamento, na área da saúde mental, sempre será personalizado para cada indivíduo. Isto é, nenhuma pessoa receberá exatamente as mesmas intervenções na psicoterapia e a mesma quantidade de medicamento. Cada caso é único e tem uma relação profunda com a forma como a pessoa enxerga a vida e lida com as adversidades.

Portanto, conversar com um psicólogo e um psiquiatra para entender melhor o tratamento para cada caso é crucial.