Dicas para reconhecer a diferença entre tipos e gêneros textuais
Se você vai fazer algum concurso, precisa entender desse assunto! Para reconhecer a diferença entre tipos e gêneros textuais é fundamental saber que este assunto está diretamente ligado com a compreensão e interpretação de textos.
Neste artigo, o foco é apresentar quais são os tipos textuais, gêneros textuais e a diferença entre eles. Entender isso é extremamente importante para que você saiba a característica de cada um dos grupos.
Existe diferença? Sim. Por que tenho que saber? É cobrado em prova.
Entenda primeiramente que dependendo do tipo ou gênero textual, o mesmo possui uma função e tem um objetivo diferente com o leitor. Existem textos que tem o objetivo de convencer o leitor, por exemplo, tem outros apenas com a função de expor, enquanto outros têm a função de apenas de informar.
Por fim, conforme a intenção de quem escreve, o gênero e a tipologia também mudam a forma de interpretar e de compreender o texto.
O que são tipos textuais?
Existe uma série entre cinco a nove tipos textuais que os linguistas trazem. Normalmente, nas provas do Enem, concursos e vestibulares são cobrados apenas seis tipos.
Os tipos textuais são relacionados a uma estrutura fixa do texto. Por exemplo, é identificado se determinado texto é escrito em primeira pessoa sempre, tem função de persuadir, ou se outro tem função de convencer, ou ainda se possui a função de passar uma característica, etc.
Além disso, o tipo textual é a forma como o texto se apresenta sempre. Ou seja, é a maneira como aquele texto é escrito.
É importante, entretanto, que se consiga compreender as características definidas do texto e, entender se estão classificadas de acordo com a estrutura, objetivo e finalidade que o texto tem para o leitor.
Então quando se fala dos tipos textuais, estamos falando de textos narrativo, argumentativo, prescritivo, descrição, expositivo ou informativo e injunção (ordem).
Confira como se definem a estrutura dos tipos textuais:
Narrativo: Neles tem um personagem em algum lugar e época. Tem a introdução, desenvolvimento, tensão e final. Exemplos: Romance, contos, crônicas, fábulas e novelas.
Descritivo: É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas características, com o objetivo de transmitir para a pessoa com quem fala uma visualização que muitas vezes pode ver e sentir o que ele quer passar. Exemplo: Diário, classificados de jornais, cardápios e currículo.
Dissertativo argumentativo: Seu objetivo é defender um ponto de vista através da argumentação. Você introduz o assunto ou tema, desenvolve com seus motivos e depois conclui fechando a argumentação. Exemplo: Editorial, manifesto e sermões.
Dissertativo expositivo: Seu objetivo é expor e esclarecer uma ideia através de comparações e pontos de vista sem o objetivo de tentar convencer e sim informar. Exemplos: Textos jornalísticos, resumos escolares e enciclopédias.
Injuntivo: Tem o objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando certa liberdade para quem recebe a informação. Exemplos: Bula de remédio, receitas de bolo e manual de instrução.
Prescritivo: Como o injuntivo, seu objetivo é instruir guiando a pessoa como deva proceder. Mas ele não dá liberdade de ação à pessoa que recebe a informação, ela obriga, ou seja, ordena que deva ser cumprida a risca a determinação. Exemplo: Leis e editais de concursos.
O que são gêneros textuais?
A intenção de um gênero textual é transmitir a mensagem ao interlocutor de forma efetiva – foco na função comunicativa e não nos aspectos estruturais. Além disso, possuem função social específica da língua, para comunicar algo e se adequar ao uso que se faz deles, sendo assim, ocorre em situações cotidianas de comunicações e apresentam uma intenção comunicativa bem definida.
Gêneros textuais também possuem um conjunto ilimitado de características determinadas com o estilo do autor, conteúdo, composição e função. Porém, características comuns em alguns facilitam o agrupamento.
Exemplos: receita culinária, blog, e-mail, lista de compras, bula de remédios, telefonema, carta comercial, carta argumentativa, etc…
Portanto, os gêneros textuais são subgrupos dos tipos textuais.
Confira exemplos de como se definem os gêneros textuais:
Romance: É uma descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No romance são usadas muitas formas de narração estilizadas e harmoniosas para dar mais emoção ao texto. No romance existe uma história central e várias histórias secundárias.
Conto: É uma obra de ficção onde é criados seres e locais totalmente imaginários. Linguagem linear e curta que envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho. A diferenciação entre o conto, a novela e o romance também se baseia na sua extensão, ou seja, dos três ele é o que tem o texto mais curto. Outro diferencial do conto com o romance é que só tem uma história central, ou seja, não se desenvolve outras histórias secundárias.
Novela: A novela se parece com o conto e o romance, diferenciando-se por sua extensão, ela fica entre o conto e o romance. Ela tem a história principal, mas também têm várias historias secundárias. O tempo na novela se baseia no calendário. O tempo e local se definem pelas histórias das personagens. Se for uma novela de época, então usa-se uma linguagem da época. Outra característica é a quantidade de personagem, ou seja, é bem superior ao de um conto. A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.
Crônica: São textos que narram o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente se utiliza a ironia para mostrar outro lado da mesma história. Trata-se de um gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal característica é a brevidade. Na crônica o tempo não é relevante, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos. Contudo, o cronista descreve os acontecimentos em ordem cronológica e desafiando o leitor dando a sensação de diálogo mostrando uma visão própria dos fatos.
Poesia: Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens.
Editorial: É um texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar com ele. Normalmente o editorial reflete não só a opinião e princípios do editor, mas também da empresa que ele trabalha.
Entrevista: Ele é um texto expositivo, utiliza-se da conversa de um entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. Ela também tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero.
Receita: É um texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma liberdade para quem recebe a informação.
Cantiga de roda: Concebida como um gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais sentido em relação à leitura e escrita, ajudando os professores a identificar o nível de alfabetização delas.